Logo R7.com
Logo do PlayPlus

Em novo relatório, EUA denunciam contínuas ameaças contra dissidentes em Cuba

Internacional|Do R7

Washington, 27 fev (EFE).- A maioria das violações dos direitos humanos em Cuba, segundo uma denúncia apresentada nesta quinta-feira pelo governo dos EUA, são cometidas pelas autoridades que continuam ameaçando, intimidando e coagindo os dissidentes políticos. No relatório do Departamento de Estado americano sobre os direitos humanos no mundo, enviado hoje ao Congresso, Washington volta a insistir no caso das mortes dos líderes opositores Oswaldo Payá e Harold Cepero, que, segundo sua opinião, não foi devidamente investigada. O documento faz referência às declarações lançadas pelo político espanhol Angel Carromero, que conduzia o automóvel em que viajavam os dois dissidentes quando morreram, em entrevista concedida há um ano ao jornal "The Washington Post". "Carromero alegou que foi testemunha que o governo de Cuba esteve envolvido nas lesões mortais sofridas por Payá e Cepero em julho de 2012" e especificou que o acidente "aconteceu porque as forças de segurança do Estado seguiram o veículo de Payá muito de perto, bateram no carro e o tiraram da estrada", apontou. "O governo (de Cuba) negou esta versão dos fatos e afirmou que Carromero causou o acidente quando perdeu o controle do veículo devido ao excesso de velocidade", insiste o relatório, que reitera a ausência de uma investigação transparente sobre o caso. Embora as leis cubanas proíbam o tratamento desproporcional dos presos, os EUA asseguram que houve "relatórios fidedignos" de intimidações por parte das forças de segurança, assim como de agressões contra defensores de direitos humanos, dissidentes e outros detidos. Estes abusos, além disso, ocorriam com total impunidade, acrescenta o texto. "As prisões continuam amontoadas, e as instalações, o saneamento e o atendimento médico são muito deficientes. Os relatórios de agressões aos prisioneiros eram comuns e incluíam golpes por parte dos funcionários de prisões, assim como entre os próprios prisioneiros", assegurou o relatório. Segundo o Departamento de Estado, no ano passado, também houve "alguns relatórios de agressões sexuais entre presos, geralmente devido à falta de guardas de segurança na prisão". Além disso, o relatório reitera que o país caribenho continua praticando detenções arbitrárias como um método comum do governo "para controlar a expressão pública independente e a atividade política". O relatório também denuncia a falta de liberdade de expressão, que, apesar de estar estabelecida na Constituição cubana, só "se ajusta aos fins da sociedade socialista". "As leis que proíbem as críticas dos líderes e a distribuição da propaganda antigovernamental são castigadas com penas de entre três meses e 15 anos de prisão", acrescentou. O Governo dos Estados Unidos destaca há anos a situação dos direitos humanos em Cuba em relação a outros países da América Latina em seu relatório anual, que serve como guia para que os legisladores americanos decidam sobre a ajuda externa que podem conceder a cada país. EFE rg/fk

Últimas


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.