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Escalada dos EUA e Otan jogam Rússia no colo da China

A guerra em curso na Ucrânia está sendo uma dolorosa e preocupante experiência de como as peças se movem no mapa mundial

Internacional|Marco Antonio Araujo, do R7

Xi Jinping e Vladimir Putin, presidentes da China e da Rússia, num encontro em 2019
Xi Jinping e Vladimir Putin, presidentes da China e da Rússia, num encontro em 2019 Xi Jinping e Vladimir Putin, presidentes da China e da Rússia, num encontro em 2019

Geopolítica é o estudo das relações que os Estados estabelecem entre si, territorial e ideologicamente. É o tabuleiro que define as fronteiras entre países e a maneira como se relacionam, sejam aliados ou adversários políticos. E a guerra em curso na Ucrânia está sendo uma dolorosa experiência, para todos nós, de como as peças se movem no mapa mundial.

O mais inteligente é observar tudo com distanciamento e, na medida do possível, frieza. As tragédias humanas a que estamos assistindo dificultam a leitura do que está em jogo. Toda guerra é terrível e nos causa revolta, horror, além de uma angustiante compaixão pelas vítimas.

No calor dos acontecimentos, a tendência é torcer contra o agressor. Mas só isso não basta, se quisermos ter noção das consequências muitas vezes evidentes, mesmo que o vencedor seja aquele que muitos consideram o mocinho da história.

O que não se discute mais é que o planeta jamais será o mesmo depois que Vladimir Putin cometeu o crime de invadir um país vizinho que estava prestes a sair de sua zona territorial de controle. Como já dissemos, mesmo que a Rússia saia vitoriosa, o tirano que controla esse país está derrotado. Mas ele é apenas um personagem asqueroso desde que assumiu o poder.

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Há muitos seres poderosos espalhados por todos os cantos. E alguns estão se mantendo neutros ou dissimulados apenas por interesses rigorosamente geopolíticos. Estão à espera de ver o que sobrou dos escombros para descer de seus tronos e praticar suas pilhagens econômicas e diplomáticas.

Enquanto EUA, Otan, Rússia e Ucrânia se escalpelam, há um país que sairá como verdadeiro vitorioso, de fato, seja qual for o desfecho. Sim, é a China. Uma potência gigantesca que vem exercendo sua sabedoria milenar de nunca invadir países, nem abrir mão de um centímetro sequer de seu território.

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Nesse ponto, é difícil entender a escalada que os inimigos de Moscou patrocinam, sem nenhum esforço em buscar a paz e o entendimento. A insanidade é protagonista em todas as guerras. Não seria diferente agora. A novidade é que nunca os chineses estiveram tão fortes, desenvolvidos tecnologicamente e, quanta ironia, pacíficos.

A cada sanção contra a Rússia, a cada grande empresa americana ou europeia que se retira desse país, a cada demonstração de que o poder bélico de Putin não era tudo aquilo que imaginávamos, o presidente chinês Xi Jinping se controla para não sorrir.

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Não existe lugar vazio na economia. Nem espaço vago no poder. Alguém ou algo vai ocupar terras, empresas, oportunidades de negócio e, principalmente, as fissuras desse estúpido confronto geopolítico.

Não por acaso a China é conhecida como Império do Meio. Há milhares de anos.

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