Estado Islâmico invade conta do Comando Central do Pentágono no Twitter
Internacional|Do R7
(Acrescenta novas informações do Pentágono). Washington, 12 jan (EFE). - Um grupo de hackers supostamente vinculado ao grupo jihadista Estado Islâmico (EI) invadiu a conta do Twitter e do YouTube do Comando Central (Centcom) do Pentágono, órgão encarregado das operações no Iraque e na Síria, publicando mensagens extremistas e dados pessoais de membros do Pentágono. O grupo, que se autodenomina "Cyber Caliphate", transformou toda a conta do órgão na rede social. Os hackers mudaram a foto de perfil por uma de uma pessoa com o rosto coberto com uma kufiya, o tradicional lenço árabe, e a bandeira utilizada pelo Estado Islâmico (EI). Os funcionários do Pentágono rapidamente viram que a conta @centcom, no Twitter, "claramente" tinha sido invadida. Com letras grandes em um fundo preto, os dizeres "Te amo EI" permaneceu escrito na conta do Centcom por alguns minutos, até o Pentágono suspendê-la. Em um comunicado, o Comando Central confirmou a invasão de suas contas do Twitter e do YouTube e afirmou que estão tomando "as medidas apropriadas" para responder ao ataque. Os hackers começaram publicando ameaças aos soldados dos Estados Unidos, como, "Soldados americanos, vamos atrás de vocês. Tomem cuidado", dizia um das publicações, assinada pelo ÍSIS, acrônimo do EI na sua sigla em inglês. "Sabemos tudo sobre vocês, suas esposas e filhos" ameaça outra mensagem. Além disso, foi publicada uma lista de endereços, números de telefones, e nomes de generais, soldados do Comando Central, militares aposentados e da cúpula militar americana - entre eles o general Martin Dempsey, chefe do Estado Maior Conjunto - com informação privada. "Enquanto os Estados Unidos e seus aliados assassinam nossos irmãos na Síria, no Iraque e no Afeganistão, nós invadimos suas redes e arquivos pessoais e sabemos tudo sobre vocês", dizia outra publicação. "O EI está aqui, em seus computadores, em cada base militar. Com a permissão de Alá, estamos agora no Centcom", continuava a mensagem. Fontes do Pentágono afirmaram que a invasão não expôs informações altamente confidenciais, e disseram que estão trabalhando com o Twitter para que o serviço seja reestabelecido. A conta do YouTube do Comando Central, na qual o Pentágono publica os vídeos dos bombardeios contra posições do EI no Iraque e Síria, também sofreu um ataque similar simultaneamente. Antes da conta do YouTube ser suspensa, foram divulgados vídeos islamitas, entre eles uma propaganda extremista sunita chamada "Flames of War" (Chamas da Guerra), que ameaça diretamente os Estados Unidos e exibe imagens de execuções sumárias. EFE jmr/lvp/cdr