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EUA sancionam enteados de Maduro por corrupção 

Como consequência, jovens terão grandes dificuldades para ter acesso ao sistema financeiro internacional, baseado no dólar

Internacional|Da EFE

EUA sancionaram três enteados de Maduro
EUA sancionaram três enteados de Maduro EUA sancionaram três enteados de Maduro

Os Estados Unidos sancionaram nesta quinta-feira (25) três enteados do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e o empresário colombiano Alex Saab, por supostamente terem lucrado "centenas de milhões de dólares" com o programa de refeições subsidiadas conhecido como Clap, segundo revelou à Agência Efe um funcionário do governo americano.

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"Hoje estamos impondo sanções para acabar com um dos esquemas mais desprezíveis que já foram executados contra o povo venezuelano (...) Não permitiremos que Maduro se beneficie da crise de fome forçada do povo venezuelano", declarou o funcionário, que falou com a Efe na condição de anonimato.

Os enteados de Maduro sancionados são Walter, Yosser e Yoswal Flores, conhecidos como "Los Chamos" e filhos de Cilia Flores, esposa do governante.

No total, o Departamento do Tesouro sancionou dez pessoas, incluindo Saab e os três enteados de Maduro, que a partir de agora terão congelados todos os ativos ou bens imóveis que possam ter nos EUA e, além disso, estão proibidos de fazer transações financeiras com qualquer cidadão ou empresa do país.

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Como consequência, essas pessoas terão grandes dificuldades para ter acesso ao sistema financeiro internacional, baseado no dólar.

Os EUA acreditam que o líder desse esquema de corrupção é Saab, que supostamente pagou propinas aos enteados de Maduro para que eles o colocassem em contato com o próprio governante e com o vice-presidente econômico e ministro da Indústria da Venezuela, Tareck el Aissami, sancionado em fevereiro de 2017 pelas autoridades americanas por narcotráfico.

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"A prática de Saab é subornar para ganhar acesso e tomar controle do programa Clap e conseguir lavar centenas de milhões de dólares por meio de empresas de fachada no mundo todo, em Hong Kong, nos Emirados Árabes Unidos, Turquia, México, Panamá e Colômbia, e hoje vamos atrás de toda essa rede", comentou o funcionário americano.

O Departamento do Tesouro também sancionou hoje 13 empresas, algumas delas propriedade de Saab e de seus sócios, e que a partir de agora também terão congelados seus ativos sob jurisdição americana.

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O funcionário americano afirmou ainda que Saab está "escondido" na Venezuela, mas que a Interpol já emitiu uma "circular azul", destinada a localizá-lo, identificá-lo e obter informações para a abertura de uma investigação criminal.

Na opinião da fonte, as ações de hoje são "muito significativas", porque têm como alvo o círculo mais próximo de Maduro.

No mês de maio, em entrevista à Efe, o enviado dos EUA para a Venezuela, Elliott Abrams, já havia antecipado que Washington estava estudando essas sanções.

Segundo o governo de Maduro, o programa Clap (Comitês Locais de Abastecimento e Produção) ajuda mais de 6 milhões de pessoas, mas a Assembleia Nacional - parlamento liderado pela oposição ao presidente - alega que esse plano provocou milionárias perdas patrimoniais devido a sobrecustos e corrupção.

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