Facebook: mídias sociais podem não ser boas para a democracia
"Gostaria de garantir que aspectos positivos superem os negativos, mas não posso", escreveu gerente da empresa em post na própria rede social
Internacional|Do R7
O Facebook alertou nesta segunda-feira (22) que não pode oferecer nenhuma garantia de que as mídias sociais são boas para a democracia, mas ressaltou que está fazendo o possível para impedir a alegada intromissão da Rússia ou de outros nas eleições.
O compartilhamento de notícias falsas ou enganosas nas mídias sociais tornou-se um problema global depois de acusações de que a Rússia tentou influenciar votos nos Estados Unidos, Grã-Bretanha e França. Moscou nega as alegações.
O Facebook, a maior rede social com mais de 2 bilhões de usuários, abordou o papel das redes sociais na democracia em postagens do professor Cass Sunstein da Universidade de Harvard e de um funcionário que trabalha no assunto.
"Gostaria de garantir que os aspectos positivos sejam destinados a superar os negativos, mas não posso", escreveu Samidh Chakrabarti, gerente de produto do Facebook, em sua postagem.
O Facebook, acrescentou, tem um "dever moral de entender como essas tecnologias estão sendo usadas e o que pode ser feito para tornar as comunidades como o Facebook representativas, civis e confiáveis quanto possível".
Chakrabarti expressou arrependimento do Facebook em relação às eleições dos EUA de 2016, quando, segundo a empresa, os agentes russos criaram 80 mil postagens que chegaram a cerca de 126 milhões de pessoas ao longo de dois anos.
"A empresa deveria ter feito melhor", ele escreveu, acrescentando que o Facebook está compensando o tempo perdido, desativando contas suspeitas, tornando os anúncios eleitorais visíveis para além do público-alvo e exigindo que aqueles que publicam esses anúncios confirmem suas identidades.