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Família de Anne Frank pode ter sido traída por um judeu

Investigação que durou seis anos mostra que Arnold van den Bergh provavelmente revelou o esconderijo para salvar seus familiares

Internacional|Do R7

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Uma investigação de um ex-agente do FBI sobre o mistério não resolvido de quem traiu a família de Anne Frank e permitiu que os nazistas encontrassem seu esconderijo apontou um notário judeu como o principal suspeito, revelou um livro que será lançado nesta semana. 

Arnold van den Bergh pode ter revelado o esconderijo de Anne Frank em Amsterdã para salvar a família dele, segundo uma investigação que durou seis anos e resultou na obra The Betrayal of Anne Frank (A traição de Anne Frank, em tradução livre), da autora canadense Rosemary Sullivan, com publicação prevista para terça-feira (18). 

As acusações contra Van den Bergh, que morreu em 1950, são baseadas em evidências, incluindo uma carta anônima enviada ao pai de Anne, Otto Frank, após a Segunda Guerra Mundial, segundo trechos publicados pela mídia holandesa nesta segunda-feira (17). 

O Museu Anne Frank disse à AFP que a investigação liderada pelo agente aposentado do FBI Vincent Pankoke é uma "hipótese fascinante", mas são necessárias mais pesquisas. 


As teorias sobre o que levou os nazistas ao esconderijo que a família Frank ocupou por dois anos, até ser descoberta em 4 de agosto de 1944, são abundantes, mas o nome de Van den Bergh não recebeu muita atenção.

Essa nova pesquisa foi feita com técnicas modernas, incluindo o uso de inteligência artificial para analisar grandes quantidades de dados. 


Assim, a lista de suspeitos se reduziu a quatro pessoas, incluindo Van den Bergh, que foi membro fundador do Conselho Judaico, uma organização que os nazistas impuseram aos judeus para organizar deportações. 

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Os investigadores descobriram que Van den Bergh conseguiu evitar a deportação da família Frank, mas que essa ordem foi revogada perto da traição que permitiu aos nazistas encontrá-la.

A família foi deportada, e Anne e sua irmã morreram no campo de Bergen-Belsen no ano seguinte. Seu pai publicou postumamente o diário de Anne, que já vendeu mais de 30 milhões de cópias.

Família Frank em Amsterdam, em 1941
Família Frank em Amsterdam, em 1941

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