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Governo Maduro está com dias contados, diz ex-procuradora

Ela acredita que uma greve geral pode ser suficiente para tirar o presidente venezuelano do poder, em meio à forte crise econômica

Internacional|Eugenio Goussinsky, do R7

Maduro atribui apagão a sabotadores da oposição
Maduro atribui apagão a sabotadores da oposição Maduro atribui apagão a sabotadores da oposição

Perto de completar um ano desde sua destituição e exílio, a ex-procuradora-geral da Venezuela, Luisa Ortega, voltou a dar declarações fortes contra o governo de Nicolás Maduro. À rede colombiana NTN24, ela afirmou nesta semana que o presidente está prestes a deixar o poder, por causa da crise econômica e energética que, entre outras, têm se intensificado.

"Renúncia! Quanto tempo você faz os venezuelanos sofrerem? Você tem seus dias contados!"

Ortega diz que país tem que se preparar para transição
Ortega diz que país tem que se preparar para transição Ortega diz que país tem que se preparar para transição

Na última terça-feira (31), a capital Caracas e Estados como Miranda e Aragua ficaram sem luz durante algumas horas.

Opositores atribuem a crise energética ao colapso do governo que, sem recursos, estaria com dificuldades de manter instalações e investir no setor. Maduro argumenta que o país está sob controle e afirma que o "apagão" foi causado por sabotadores ligados à oposição.

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No último dia 26, Maduro anunciou que o governo irá remover cinco zeros do bolívar, a moeda venezuelana, em vez dos três zeros pensados inicialmente. O argumento é a necessidade de acompanhar a inflação, cujas previsões são de que chegue a 1 milhão por cento neste ano.

Diante das dificuldades que, segundo Ortega, vêm se acirrando, ela voltou a ser enfática contra a conduta do governo. Lembrando conversa que teria tido com Maduro, nos tempos em que eram aliados, ela ressaltou que o presidente não deixará o poder por conta própria.

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"Maduro me disse que não deixaria o poder, mesmo se ele perdesse com os votos."

Mas ela não pregou violência, e sim uma intensa greve.

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"A saída está na greve ou na greve geral, é aí que está a saída, temos que preparar a transição."

A ex-procuradora venezuelana acrescentou na entrevista que, diante da situação de colapso, Maduro está se isolando dentro do chavismo, tendo apenas o apoio irrestrito de sua esposa, Cilia Flores, da presidente da Assembleia Constituinte, Delcy Rodriguez, e seu irmão, Jorge Rodriguez.

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Ortega foi procuradora-geral da Venezuela por mais de uma década e até era afinada com as ideias do governista PSUV (Partido Socialista Unido da Venezuela).

Mas foi destituída, sob o argumento de que cometia "atos imorais", em 5 de agosto de 2017, por parte da Assembleia Constituinte instalada dias antes pelo presidente do país, após eleições polêmicas, ganhando poderes especiais sobre outras instituições do Estado.

Ela investigava o suposto pagamento de propina da construtora brasileira Odebrecht em vários países da América do Sul, entre eles a Venezuela, tendo acusado autoridades venezuelanas de estarem envolvidas em corrupção e de terem reprimido com violência protestos antigoverno que marcaram aquele período.

No ano passado, Adán Chavez, um dos principais conselheiros políticos de Maduro, desqualificou os argumentos de Ortega. Chávez é irmão mais velho e mentor do ex-presidente venezuelano Hugo Chávez.

"Investigações realizadas determinaram que a ex-fiscal Luisa Ortega trabalha para o governo dos Estados Unidos, por isso como funcionária da Casa Branca replica acusações infundadas contra o presidente Maduro, tal como faz Donald Trump e o restante dos que seguem suas ordens. Ortega, quando foi fiscal, acentuou a impunidade protegendo os opositores que propiciaram a violência, ódio e mortes nas ruas."

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