As Brigadas Al-Qassam, braço armado do grupo terrorista Hamas, disseram nesta segunda-feira (23), em um grupo do Telegram, que vão libertar duas reféns israelenses que haviam sido sequestradas no primeiro fim de semana deste mês. A organização extremista afirmou que Israel havia se recusado a receber Nurit Cooper e Yocheved Lifshitz — duas idosas de 79 e 85 anos, respectivamente —, mas que, mesmo assim, decidiu soltá-las por "razões humanitárias e de saúde urgentes". Segundo o Hamas, elas foram entregues à Cruz Vermelha. A imprensa egípcia noticiou que elas teriam sido deixadas na passagem de Rafah, na fonteira com o Egito. Elas foram capturadas no kibutz (vila judaica) de Nir Oz, localizado a cerca de 2,5 km da fronteira sul da Faixa de Gaza. Os maridos das duas também foram levados e continuam no território palestino. A intenção de soltar as duas reféns foi anunciada no fim de semana, mas Israel a classificou de "propaganda". O Hamas diz que a mediação para a libertação de Nurit e Yocheved envolveu o Catar e o Egito. Essa é a segunda soltura de reféns desde 7 de outubro, quando centenas foram levados para Gaza pelos terroristas. Na última sexta-feira (20), o grupo permitiu o retorno a Israel de duas cidadãs americanas (mãe e filha), no que também chamou de um gesto "humanitário". Autoridades israelenses calculam que 220 pessoas estejam em poder do Hamas na Faixa de Gaza. Os Estados Unidos pressionam Israel a atrasar a incursão terrestre no território palestino justamente para haver mais tempo para a retirada das pessoas sequestradas. O Hamas também afirmou estar disposto a soltar "sem nenhuma contrapartida" 50 cidadãos estrangeiros.