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Herói do supermercado kosher de Paris recebe nacionalidade francesa

Jovem conseguiu escondeu clientes, fugiu do supermercado e ajudou a polícia

Internacional|Do R7

Lassana Bathily tralhava no supermercado há quatro anos
Lassana Bathily tralhava no supermercado há quatro anos

Lassana Bathily, malinês muçulmano de 24 anos que escondeu em uma câmara frigorífica seis clientes do supermercado kosher de Paris atacado por um terrorista, recebeu nesta terça-feira (20) a nacionalidade francesa.

"A França é o país dos direitos humanos, é um país de amparo. Dizem que sou herói, mas não sou um herói, sou Lassana e continarei sendo eu mesmo", declarou o jovem na cerimônia, visivelmente emocionado.

No último dia 9, Bathily estava no supermercado kosher em que trabalha há quatro anos quando o jihadista Amedy Coulibaly entrou no local e fez funcionários e clientes de reféns.

O jovem conseguiu esconder seis clientes em uma geladeira, fugiu do supermercado por um elevador de carga e ajudou a polícia a entender o que estava acontecendo dentro da loja.


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Participou da cerimônia, retransmitida pela televisão, o primeiro-ministro, Manuel Valls, ele mesmo nascido em Barcelona, na Espanha, e naturalizado francês aos 20 anos.

Valls destacou que "receber novos franceses é uma oportunidade para o país e também para aqueles que se tornam franceses".


"Lassana Bathily se tornou símbolo de um islã de paz e tolerância", acrescentou o ministro do Interior, Bernard Cazeneuve, em um ato que também contou com a presença do ex-jogador e ídolo da seleção francesa de futebol Lilian Thuram, figura muito comprometida com a luta contra o racismo na França, além de várias autoridades.

Nascido na cidade de Samba Dramané, na fronteira do Mali com o Senegal, Bathily chegou à França em 2006, com 16 anos, para se encontrar com seu pai. Instalado originalmente em uma residência parisiense para trabalhadores imigrantes, levou quatro anos para regularizar sua situação na França e tinha solicitado a nacionalidade em julho de 2014

Bathily lembrou em seu discurso outro empregado do supermercado, e seu amigo, morto no atentado: "estou muito contente, mas também é muito difícil porque perdi alguém a quem queria muito bem, Yoann Cohen".

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