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Intensos combates em Damasco e número recorde de ataques da aviação (ONG)

Internacional|Do R7

Exército e milicianos do regime sírio enfrentavam nesta sexta-feira os rebeldes no nordeste e ao sul de Damasco, nos mais violentos combates dos últimos dois anos, informou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

"Combates violentos provocam danos no bairro de Barzeh (nordeste de Damasco). São os mais violentos confrontos registrados desde o início da revolução, em março de 2011", informou o diretor do OSDH, Rami Abdel Rahman.

Além disso, a aviação do regime sírio efetuou o maior número de bombardeios em um único dia desde sua entrada em ação, em julho do ano passado.

Os combates começaram quinta-feira à noite e prosseguiram por todo o dia de hoje", informou Abdel Rahman.


Os milicianos pró-regime procedem do subúrbio de Ech al-Warwar, onde os moradores são majoritariamente alauitas, como o presidente Bashar al-Assad, segundo o OSDH. Os rebeldes são em sua maioria sunitas.

Localizado no nordeste da capital, o bairro de Barzeh residencial está dividido em dois: uma parte tomada pelo regime e a outra nas mãos dos rebeldes.


De acordo com os rebeldes, os milicianos conhecem muito bem o local e, por isso, são mais eficientes na guerra urbana.

No sul de Damasco foram registrados combates perto do acampamento de refugiados palestinos de Yarmuk, controlado pelos rebeldes, apesar de o Exército comandar o único posto de observação no caminho para o setor, indicou o OSDH, com sede na Grã-Bretanha e que conta com uma ampla rede de militantes e médicos em toda a Síria.


Foram relatados novos confrontos em outras localidades ao sul de Damasco. Uma parte da região foi reduzida a escombros por meses de combates.

No leste da capital, os confrontos destruíram o bairro de Jobar, onde os rebeldes controlam os enclaves.

Em Mouadamiyat al-Sham, no sudoeste da capital, a vida se tornou insustentável, segundo um militante. "Os bombardeios são diários e milhares de moradores vivem sitiados. Não há leite para as crianças e os moradores se alimentam de pão embolorado", relatou Malek por telefone.

Abdel Rahman ressaltou ainda que esta "sexta-feira foi um dos dias em que a aviação realizou mais ataques, tendo como alvo quase todas as regiões do país".

A aviação bombardeou, segundo ele, as províncias de Idleb, Raqa e Hassaké no norte, a região de Deir Ezzor no leste, Lattakia no oeste, e no sul as províncias de Deraa. Em Damasco, os bairros mais visados foram Qaboun e Jobar, além de Ghouta Oriental, uma região periférica agrícola controlada em grande parte pelos insurgentes.

Na estrada entre Homs e o litoral, na localidade estratégica de Qousseir, os confrontos continuam entre os rebeldes e os combatentes libaneses do Hezbollah, apoiados pelo Exército de Defesa Nacional (ADN), uma milícia especialmente treinada pelo regime para os combates urbanos, segundo o OSDH.

No bairro de Sheikh Maqsoud, em Aleppo, os combates são travados entre os rebeldes e os combatentes curdos.

Nesta sexta-feira, de acordo com um registro provisório do OSDH, 18 civis e nove rebeldes morreram devido à violência. Quinta-feira foram registrados em todo o país ao menos 130 mortos -- 53 civis, 27 soldados e 50 rebeldes --, segundo o OSDH.

ser/sk/sbh/mr

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