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Internacional Irã ordena prisão de mulheres agredidas com iogurte por supostamente não usar hijab

Irã ordena prisão de mulheres agredidas com iogurte por supostamente não usar hijab

Além das vítimas, homem que atirou líquido será detido; caso viralizou no país após vídeo circular nas redes sociais

AFP

Resumindo a Notícia

  • Irã ordena prisão de mulheres agredidas com iogurte por supostamente não usar hijab.
  • Autor do ataque também teve ordem de prisão decretada.
  • Vídeo que mostra a agressão viralizou nas redes sociais.
Nas imagens é possível ver o homem tacando iogurte nas clientes da loja

Nas imagens é possível ver o homem tacando iogurte nas clientes da loja

Reprodução Twitter/Kian Sharifi

As autoridades iranianas ordenaram a prisão de duas mulheres depois que um vídeo no qual elas são vistas sendo atacadas por um homem por não usar o hijab viralizou, informou o Judiciário neste sábado (1º).

As imagens, amplamente divulgadas nas redes sociais no Irã, mostram duas clientes dentro de uma loja com a cabeça descoberta sendo agredidas por um homem após uma briga verbal. O homem derrama um balde de uma substância que parece ser iogurte sobre as cabeças das vítimas e é confrontado pelo comerciante.

As autoridades emitiram um mandado de prisão contra o homem "sob a acusação de cometer atos injuriosos e perturbar a ordem", mas também contra as duas mulheres por "cometer um ato proibido" ao não usar véu na cabeça, indicou o site do Judiciário, Mizan Online.

"Foram enviados os avisos necessários ao proprietário da loja em que o incidente ocorreu para que cumpra os princípios legais e da Sharia de acordo com os regulamentos" em vigor, acrescentou a mesma fonte.

Em setembro de 2022, estouram no Irã protestos em massa que duraram meses após a morte sob custódia policial de Mahsa Amini, uma jovem curda de 22 anos que foi presa por supostamente descumprir o código de vestimenta do país, que exige que as mulheres sem o véu.

Centenas de manifestantes e dezenas de policiais foram mortos e milhares foram detidos durante as manifestações, que Teerã atribui a Israel e às potências ocidentais.

Embora algumas mulheres tenham ousado sair descobertas desde os protestos, especialmente na capital iraniana, o presidente Ebrahim Raisi reiterou neste sábado que as iranianas devem usar o jihab, por "necessidade religiosa" e por "questão legal". o cumprimento desse preceito é "obrigatório".

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