Israel cumpre primeira parte de acordo e liberta 26 presos palestinos
Internacional|Do R7
Gaza/Jerusalém, 13 ago (EFE).- Centenas de familiares e representantes de facções políticas palestinas receberam os 26 presos libertados nesta terça-feira por Israel como parte do cumprimento de uma medida de confiança para o início das negociações de paz entre Israel e Palestina. Os palestinos fazem parte do grupo de 104 presos por Israel antes de 1993 que serão soltos depois do encontro realizado em Washington em julho para dar início as rodadas de paz que começam amanhã. Parte do grupo libertado entrou na Faixa de Gaza. Os 26 cruzaram a faixa pela passagem de Erez e foram recebidos com um ambiente de festa por centenas de pessoas com bandeiras tanto do movimento islamita Hamas, verdes, como do nacionalista Fatah, amarelas, buzinaço e escolta até suas casas. A Faixa de Gaza é governada desde 2007 pelo Hamas, grupo ao qual pertencem alguns dos presos libertados. A agência oficial palestina "Wafa" informou que os islamitas, que rejeitam o processo negociador com Israel, tinham proibido os seguidores do Fatah de celebrar o retorno dos presos. Outras 12 pessoas foram para o distrito de Ramala por uma passagem que fica a centenas de metros da prisão na qual cumpriram pena. Eles foram entregues à Autoridade Nacional Palestina (ANP) com a ajuda da Cruz Vermelha Internacional. Escoltados por caravanas de carros que faziam soar suas buzinas e com bandeiras palestinas e do Fatah, do presidente Mahmoud Abbas, os presos libertados foram levados pelas ruas de Ramala até a Muqata, sede da presidência, onde foram recebidos por líderes políticos, familiares e civis. A escolha dos presos a serem libertados foi feita domingo por uma comissão ministerial israelense e elegeu em primeiro lugar os que tinham menos tempo de pena a cumprir. Israel se comprometeu a libertar os 103 presos em quatro fases, mas, se as negociações fracassarem, este processo será interrompido. Israelenses e palestinos não negociavam desde 2010, quando os palestinos se retiraram do diálogo porque o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, se negou a renovar uma moratória que tinha declarado dez meses antes sobre a construção de assentamentos em território ocupado. EFE sa'ar-elb/cd/rsd