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Japão vai lançar ao mar água tratada da usina de Fukushima

Pelo menos 1 milhão de toneladas do líquido seriam liberadas no oceano por um oleoduto submarino que tem 1 km de extensão

Internacional|Do R7


Tanques foram construídos para comportar a água tratada para a remoção de radiação
Tanques foram construídos para comportar a água tratada para a remoção de radiação

O Japão prevê começar a lançar neste ano mais de 1 milhão de toneladas de água tratada na usina nuclear de Fukushima, informou uma fonte do governo nesta sexta-feira (13).

O plano foi apoiado pela AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica), mas o governo aguarda um "comunicado amplo" da entidade da Organização das Nações Unidas antes de realizar a liberação da água, disse o secretário do gabinete da instituição, Hirokazu Matsuno, à imprensa.

Os sistemas de resfriamento da usina transbordaram em 2011, quando um poderoso terremoto provocou um tsunâmi que causou o pior acidente nuclear desde Chernobyl, em meados da década de 1980.

Esse desastre ocorrido no nordeste do Japão deixou cerca de 18.500 mortos e desaparecidos, a maioria em decorrência do tsunâmi.


O incidente gerou 100 m³ de água contaminada por dia, entre abril e novembro do ano passado, que se misturaram com a água do solo, mar e chuva. O líquido foi filtrado para eliminar componentes radioativos e transferido para tanques de armazenamento que já somam 1,3 milhão de metros cúbicos.

"Esperamos que a liberação aconteça em algum momento entre a primavera e o verão, depois que as instalações de liberação forem concluídas e testadas, e o relatório completo da AIEA for publicado", acrescentou Matsuno.


Mas o plano gera preocupação entre os pescadores da região, que temem que o lançamento da água prejudique a reputação dos produtos, após passarem anos tentando recuperar a credibilidade com rigorosos testes de qualidade.

Países vizinhos como China e Coreia do Sul, assim como o Greenpeace e outras organizações, criticaram o plano. A AIEA, no entanto, confirmou que o lançamento cumpre os padrões internacionais e "não causará nenhum dano ao meio ambiente".


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A empresa responsável pela usina garante que a água tratada está de acordo com os parâmetros nacionais de níveis de radionuclídeos, com exceção de um elemento, o trítio, que, segundo especialistas, pode ser prejudicial à saúde se consumido em grandes quantidades.

O objetivo é diluir a água para reduzir os níveis desse elemento e liberá-la ao mar ao longo de várias décadas através de um oleoduto submarino que tem 1 km de extensão.

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