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Kirchner se apresenta a tribunal e se compara a Lula na Argentina

Ex-chefe de Estado compareceu a uma sessão de julgamento no processo em que é acusada de lavagem de dinheiro em um esquema de corrupção

Internacional|Eugenio Goussinsky, do R7, com agências

Cristina nega ter se apropriado de dinheiro público
Cristina nega ter se apropriado de dinheiro público Cristina nega ter se apropriado de dinheiro público

A ex-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, compareceu nesta terça-feira (18), pela oitava vez, a um tribunal da Justiça Federal argentina e comparou sua situação judicial com a do ex-presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, preso desde abril último em Curitiba após condenação em segunda instância pelo TRF-4, dentro da operação Lava Jato.

Ela voltou ao tribunal para ser interrogada pelo juiz Sebastián Casanello e o promotor Guillermo Marijuan, dentro do processo denominado "A rota do dinheiro K", conforme informou o Clarin. A ex-presidente é suspeita de favorecer o empresário Lázaro Baez com obras públicas durante seu governo. Baez é acusado de ter lavado 60 milhões de dólares tendo por isso sido sentenciado a dois anos e meio de prisão.

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Kirchner, na última segunda-feira (17), teve prisão preventiva pedida pelo juiz Claudio Bonadío (a segunda pedida por ele), acusada de chefiar uma "associação ilícita" que pedia subornos a empresários em troca de concessões de obras públicas. O caso é conhecido como "Cadernos da corrupção".

Por ter imunidade parlamentar, como senadora, ela só poderá ser presa caso haja votação no Senado, que a impeça de prosseguir no cargo. Tal situação tem um complicador, devido ao fato de o peronismo, base da corrente que apoia a ex-presidente, apesar de dividido, ainda mantém uma base sólida de apoio.

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Na sessão de hoje, a ex-presidente ficou apenas por instantes no tribunal, quando entregou uma carta explicativa a Casanello, responsável pela condução do processo.

No processo, uma propriedade de Báez foi revistada dentro da investigação sobre o paradeiro do dinheiro, que teria saído e depois retornado ao país.

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Ex-presidente nega

Kirchner, porém, nega qualquer irregularidade no texto enviado à Justiça.

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"Podem escavar toda a Patagônia argentina, ou onde quer que queiram, mas nunca vão encontrar nada que me incrimine, porque jamais me apropriei de dinheiro público algum."

Ela descreveu sua situação como um fenômeno que tem sido recorrente na região.

"Lamentavelmente, o fenômeno que vivemos tem um caráter regional na América Latina."

E comparou seu caso ao do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, citando "a situação que ocorre no Brasil com relação ao processo judicial contra Lula da Silva, constitui uma descrição, mudando os nomes próprios, quase perfeita do que vem ocorrendo na Argentina."

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