Membros da banda Pussy Riot que invadiram final da Copa são soltos
Grupo cumpriu pena de 15 dias por entrarem em campo durante a decisão entre Croácia e França em 15 de julho usando uniformes de policiais
Internacional|Do R7
Quatro membros da banda punk russa anti-Kremlin Pussy Riot que invadiram o campo durante a final da Copa do Mundo da Rússia foram liberados da custódia da polícia depois de ficarem detidos por 16 dias, disse seu advogado nesta quarta-feira (1).
O grupo cumpriu uma pena de 15 dias por invadir o gramado usando uniformes de policiais durante o segundo tempo da decisão entre Croácia e França em 15 de julho, interrompendo a partida brevemente com um protesto que disseram ter sido uma defesa da liberdade de expressão.
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Os quatro deveriam ter sido soltos na segunda-feira, mas foram detidos imediatamente depois de serem libertados e mantidos por mais um dia antes de finalmente serem postos em liberdade na noite de terça-feira, disse o advogado Nikolai Vasilyev.
Novas acusações de desobediência
Não ficou claro se eles enfrentarão novas acusações por desobedecerem a polícia e realizarem um evento público sem permissão prévia, que a polícia tentou lhes impingir sem sucesso, segundo Vasilyev.
Estes delitos implicam em penas máximas de 10 e 15 dias de prisão.
A breve invasão do grupo no principal estádio de Moscou diante do presidente russo, Vladimir Putin, e de outras autoridades de alto escalão foi uma violação de segurança rara durante a Copa do Mundo.
O grupo disse que a façanha também foi um protesto contra o que veem como políticas corruptas da Fifa, a entidade global do futebol.
A Pussy Riot ganhou destaque nacional em 2012, quando suas integrantes foram presas por realizarem um protesto contra Putin em uma catedral ortodoxa russa em Moscou, e desde então se tornou um símbolo das ações de repúdio ao Kremlin.