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Militares da China e Índia usaram pedras e porretes em confronto

O inusitado da briga entre as duas potências nucleares não diminui cobranças ao governo indiano por resposta; China diz que não é culpada pelo incidente

Internacional|Do R7

Soldado indiano em um ponto de checagem em estrada em Gagangeer, na região de Ladakh
Soldado indiano em um ponto de checagem em estrada em Gagangeer, na região de Ladakh Soldado indiano em um ponto de checagem em estrada em Gagangeer, na região de Ladakh

O confronto entre militares da China e da Índia na região montanhosa de fronteira entre os dois países foi uma briga campal, onde pedras e bastões de bambu dentados foram usados como arma. Ao menos 20 indianos morreram no pior episódio de tensão entre as duas potências nucleares nos últimos 45 anos.

O incidente aumentou a pressão política sobre o primeiro-ministro, Narendra Modi, que vem sendo cobrado a dar uma resposta aos chineses. Nos jornais indianos, os militares mortos no combate são apresentados como mártires e a oposição diz que Modi precisa dar um basta às investidas chinesas sobre o território indiano.

SAIBA MAIS: O que há por trás da escalada de tensão que deixou 20 soldados mortos em choque na fronteira entre China e Índia

Já a China declarou oficialmente não ter responsabilidade sobre o confronto fronteiriço. O Ministério das Relações Exteriores, por meio de seu porta-voz, declarou que "o incidente foi muito claro, já que aconteceu do lado chinês da Linha de Controle Real e a responsabilidade não cabe à China". O governo chinês diz que está conversando muito de perto com os indianos para resolver a questão.

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A Linha de Controle Real — ou LAC, na sigla em inglês — é uma divisão bastante imprecisa da fronteira entre a China e a Índia, estabelecida após a Guerra Sino-Indiana nos anos 1960. Os quase 3.500 quilômetros da fronteira, em região montanhosa pertencente à cadeia do Himalaia, seguem sendo disputados, mas não levavam a confrontos físicos deste tipo desde 1975.

Barraca destruída e ataque surpresa

Relatos feitos por uma fonte militar indiana, reproduzidos pela rede de TV norte-americana CNN, dão conta que o incidente começou por conta de uma barraca levantada pelos chineses ao lado de uma estrada no Vale Galwan. Tecnicamente, os dois países haviam concordado em diminuir a presença militar na região e a barraca foi vista também como uma provocação.

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Os militares indianos avaliaram que este posto avançava sobre seu território e o destruíram. Os chineses afirmam que foram os soldados da Índia que invadiram seu território, sem ficar claro se se referiam à ação contra a barraca ou outra atividade

Na segunda-feira (15), os chineses atacaram um posto militar indiano de surpresa. Não está claro se a ação foi diurna ou noturna, mas segundo os relatos, a luta durou de quatro a cinco horas.

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Os dois países confirmaram que nenhum tiro de arma de fogo foi disparado. A fonte militar indiana diz que os chineses usaram pedras e porretes feitos de bambu com pregos para atacar os indianos, que não estavam preparados para o ataque.

A região do incidente é montanhosa e fica em altas altitudes, o que significa temperaturas abaixo de zero em qualquer época do ano. O frio intenso associado à dificuldade de locomoção dos reforços, disse a fonte militar indiana, acabaram contribuindo para o número de mortos ser grande.

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