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Ministra colombiana renuncia após crise sobre extradição de ex-Farc

Gloria Barrero deixou cargo em meio à crise política após decisão da Jurisdição Especial para a Paz (JEP) negar extradição de Jesús Santrich aos EUA

Internacional|Da EFE

A ministra da Justiça da Colômbia, Gloria Borrero, renunciou ao cargo nesta quinta-feira (16) em meio à crise política gerada pela decisão da Jurisdição Especial para a Paz (JEP) de negar a extradição do ex-líder das Farc, Jesús Santrich, aos Estados Unidos.

"Conversei com a ministra de Justiça e ela deixará o cargo. Já aceitei a renúncia, conversei com ela há alguns dias", disse o presidente da Colômbia, Iván Duque, durante um evento realizado em Medellín.

Duque agradeceu o trabalho de Borrero e anunciou que a nova titular da pasta será a ex-presidente da Corte Suprema de Justiça, Margarita Cabello Blanco.

Em entrevista à emissora "RCN", Borrero negou que a renúncia tenha qualquer ligação com a decisão da JEP de negar a extradição de Santrich aos EUA. Segundo ela, a saída é uma "mudança normal" e algo que já havia negociado com Duque há várias semanas.

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"Chegou o momento no qual o Ministério de Justiça precisa de outra liderança", disse Borrero na entrevista.

A renúncia marca a primeira baixa do governo de Duque, que assumiu a presidência no dia 7 de agosto do ano passado. A ministra foi muito criticada por adotar um perfil mais distanciado nas discussões dos grandes temas jurídicos do país, o que se tornou mais evidente ontem, com a crise desencadeada com a aplicação da garantia de não extradição a Santrich por parte da JEP.

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A decisão provocou grande polêmica e provocou as renúncias do procurador-geral da Colômbia, Néstor Humberto Martínez, e da vice-procuradora-geral, María Paulina Riveros.

Segundo Duque, a nova ministra, de 62 anos, tem longa trajetória jurídica e percorreu todos os degraus da carreira até chegar à presidência da Corte Suprema de Justiça da Colômbia.

Blanco foi indicada para a Procuradoria-Geral da Colômbia em duas oportunidades, ambas sem sucesso, primeiro no governo de Álvaro Uribe e depois no de Juan Manuel Santos.

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