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Movimento de reservas em hotéis de Miami desacelera após casos de Zika

Internacional|Do R7

Por Jeffrey Dastin

(Reuters) - Hotéis no centro de Miami têm menos reservas de quartos, e as tarifas aéreas para viagens de lazer para a grande Miami caíram nas semanas posteriores à descoberta do Zika vírus na região, mostram dados vistos pela Reuters.

Hotéis negociaram 2,9 por cento menos quartos no distrito central de negócios de Miami e nas áreas ao norte, durante as primeiras três semanas de agosto, em relação ao mesmo período há um ano, de acordo a STR, empresa de dados e análises sobre hotéis.

Essa região inclui o distrito cultural Wynwood, onde em 29 de julho autoridades da Flórida disseram ter confirmado casos de pessoas que contraíram o vírus, nas primeiras transmissões por mosquito nos Estados Unidos continental.


A queda nas reservas em hotéis pode ser um indicativo inicial do efeito do vírus na forte indústria do turismo em Miami, que teve um impacto econômico de 24,4 bilhões de dólares em 2015, de acordo com o Escritório de Convenções e Visitantes de Miami.

O declínio nos negócios hoteleiros para o centro e para o norte de Miami é um contraste com um crescimento praticamente ininterrupto em reservas desde pelo menos 2010. De janeiro de 2016 até julho, as estadias em hotéis estavam 1,2 por cento acima do que um ano atrás, segundo a STR.


No entanto, para a semana que terminou no dia 20 de agosto, o número de quartos de hotéis negociados caiu 4,2 por cento, quando comparado com o ano anterior.

Jan Freitag, da STR, disse que a queda não se devia a números muitos altos no ano passado e poderia ser reflexo das preocupações com o vírus Zika.


"Nós não sabemos ainda”, disse Freitag à Reuters, afirmando que gostaria de ver até dois meses de informações e monitorar o movimento da Europa e do Brasil, duas grandes fontes de turistas para o sul da Flórida.

Segundo o analista da indústria de viagens Henry Harteveldt, preocupações com o vírus provavelmente contribuíram para a queda em Miami.

"O Zika não é somente uma ameaça séria à saúde pública. Ele tem o potencial de ser tão sério quanto para a economia de uma comunidade”, afirmou o analista.

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