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Número de mortes em terremoto na Indonésia sobe para 252

Tremor de 5,6 graus abalou a ilha indonésia de Java e deixou 31 desaparecidos e mais de 300 feridos 

Internacional|

Aldeões comparecem a funeral após terremoto na Indonésia
Aldeões comparecem a funeral após terremoto na Indonésia Aldeões comparecem a funeral após terremoto na Indonésia

Ao menos 252 pessoas morreram, 31 são consideradas desaparecidas e mais de 300 ficaram feridas no terremoto de 5,6 graus que abalou a ilha indonésia de Java, segundo um balanço divulgado nesta terça-feira (22) pela administração da cidade de Cianjur. 

Adam, porta-voz da administração da cidade — a mais afetada — e que, como muitos indonésios, tem apenas um nome, publicou o balanço atualizado no Instagram e confirmou os números à AFP. "São dados oficiais", afirmou. O balanço anterior registrava 162 mortes.

Enquanto alguns funcionários das equipes de resgate retiravam cadáveres dos edifícios destruídos, outros trabalhadores procuravam sobreviventes e tentavam chegar às áreas de difícil acesso devido aos bloqueios nas estradas.

Em um funeral em um vilarejo perto de Cianjur, parentes de Hussein, vítima de 48 anos, lamentavam a tragédia. "Acabei de perder um irmão há dez dias. Agora perdi outro", afirmou Siti Rohmah, inconsolável.

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Dimas Reviansyah, um socorrista de 34 anos, explicou que as equipes utilizam motosserras e escavadeiras para abrir caminho entre árvores caídas e escombros até os locais onde acreditam que possam encontrar civis.

"Não dormi desde ontem, mas tenho que continuar porque há vítimas que não foram encontradas", disse. O presidente indonésio, Joko Widodo, deve visitar a região nesta terça-feira.

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Várias pessoas continuam debaixo dos escombros dos edifícios, segundo o comandante militar da região, Rudy Saladin.

Entre as vítimas há estudantes de um internato islâmico. Muitas pessoas morreram após deslizamentos de terra e desabamento de casas.

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"O quarto desabou, e minhas pernas ficaram enterradas nos escombros. Tudo aconteceu tão rápido", disse à AFP Aprizal Mulyadi, uma estudante de 14 anos.

Ela conseguiu escapar graças à ajuda do amigo Zulfikar, que pouco depois faleceu ao ficar preso entre os escombros.

"Fiquei arrasada ao vê-lo preso, mas não consegui ajudá-lo porque minhas pernas e costas estavam feridas", explicou.

'Não restou nada'

A operação de resgate é prejudicada por bloqueios nas estradas e cortes de energia elétrica em algumas áreas da zona rural e montanhosa.

Na manhã desta terça-feira, 89% da rede elétrica de Cianjur havia sido restabelecida, segundo a agência estatal Antara.

O governador de Java Ocidental, Ridwan Kamil, afirmou que quase 300 pessoas ficaram feridas e mais de 13 mil foram levadas a abrigos.

Muitas pessoas acamparam sob a escuridão quase total, cercadas por escombros, vidros quebrados e grandes pedaços de concreto.

Os médicos atendem os feridos em hospitais de campanha que foram improvisados após o terremoto, que também foi sentido na capital, Jacarta.

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Pessoas de luto aguardavam que as autoridades entregassem o corpo de seus familiares para o enterro, de acordo com os ritos islâmicos.

Em um abrigo na localidade de Ciherang, perto de Cianjur, as pessoas tentavam entender a tragédia.

Nunung, uma mulher de 37 anos que, como muitos indonésios, tem apenas um nome, conseguiu retirar o filho de 12 anos dos escombros de sua casa.

"Gritei e pedi ajuda, mas ninguém veio. Tive que cavar para nos libertar", disse à AFP, com o rosto ainda coberto de sangue seco.

"Não restou nada. Não há nada que possa ser salvo, exceto as roupas que estamos vestindo", afirmou.

A destruição foi agravada por uma onda de 62 tremores secundários, com magnitude de 1,8 a 4 graus, na cidade de 175 mil habitantes.

A Indonésia registra com frequência terremotos por estar localizada na região conhecida como Círculo de Fogo do Pacífico, ponto de encontro de placas tectônicas.

O país continua marcado pelo terremoto de 26 de dezembro de 2004, de 9,1 graus de magnitude, na costa de Sumatra.

O tremor desencadeou um tsunami devastador que matou 220 mil pessoas na região, incluindo 170 mil na Indonésia, uma das maiores catástrofes naturais registradas na história.

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