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Onda de frio extremo afeta 210 milhões de pessoas nos EUA

Sensação de frio chegou a -55 graus negativos em Chicago; frio afeta cerca de 210 milhões de norte-americanos, ou 75% da população

Internacional|

Temperaturas polares congelaram a superfície do rio Chicago, nos EUA
Temperaturas polares congelaram a superfície do rio Chicago, nos EUA Temperaturas polares congelaram a superfície do rio Chicago, nos EUA

A onda de frio extremo que castiga os Estados Unidos com temperaturas que alcançaram nesta quinta-feira (31) 39 graus abaixo de zero e uma sensação térmica de -45 em áreas do Meio-Oeste do país já deixou pelo menos 12 mortos e atinge quase 75% da população, o que representa cerca de 216 milhões de pessoas.

O Serviço Meteorológico Nacional espera que, ao longo do dia, as temperaturas se suavizem ligeiramente com a chegada da neve. Na região, se multiplicaram os casos de congelamento e hipotermia nas salas de emergência dos hospitais.

O estado de Minnesota voltou a sofrer o pior desta onda de frio polar e na pequena cidade de Bemidji, perto da fronteira com o Canadá, os termômetros marcaram na primeira hora do dia 39 graus abaixo de zero, enquanto na cidade vizinha de Duluth a sensação térmica ficou próxima dos 50 graus negativos.

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Outras áreas menos acostumadas a este frio polar seguem com temperaturas entre 15 e 30 graus abaixo da média nesta época do ano na parte superior do Vale do Mississipi, dos Grandes Lagos e em zonas do norte do Médio Atlântico.

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Chicago, que está acostumada a invernos cruéis, suportou nas últimas 48 horas temperaturas inferiores ao Polo Sul, à Sibéria ou até ao planeta Marte, o que paralisou a terceira cidade mais populosa do país, com 2,7 milhões de habitantes.

Isto obrigou seus moradores a desaparecer das ruas e permanecer abrigados nas suas casas para evitar a massa de ar ártico que castiga há dias o Meio-Oeste e a região dos Grandes Lagos com sensações térmicas que chegaram a alcançar 55 graus negativos.

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As mortes relacionadas com esta onda de frio polar já chegam a pelo menos 12, segundo a apuração provisória efetuada nesta quinta-feira pelas autoridades.

Um casal jovem morreu em um choque de automóveis em uma área rural de Indiana, e houve três vítimas em Iowa, entre elas um estudante universitário de 18 anos que foi achado caído ao relento no campus da Universidade de Iowa.

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Além disso, dois homens morreram em Illinois, um atropelado por uma varredora de neve, e os restantes casos foram vítimas da exposição ao frio em Michigan e Wisconsin.

Houve ainda dezenas de feridos em vários choques em cadeia ocorridos em estradas escorregadias pelo gelo acumulado.

O Departamento de Saúde Pública de Illinois informou hoje que foram registrados durante a quarta-feira pelo menos 30 entradas em salas de emergência deste estado por congelamento e hipotermia e em todo o Meio-Oeste os hospitais informaram sobre dezenas de pacientes mais atendidos pelos mesmos sintomas.

Depois que o frio praticamente fechou a cidade de Chicago, sem atividade pública e privada e as escolas públicas fechadas até esta sexta-feira, lentamente a vida começou a se normalizar hoje, embora os aeroportos locais registrem mais de 1.700 cancelamentos de voos nas últimas 24 horas.

No resto das principais cidades do Meio-Oeste o intenso frio deve começar a amainar na última hora de hoje, mas ainda assim serão mantidas as instalações preparadas como centros de aquecimento para atender os desemparados ou pessoas com problemas de calefação nas suas casas.

As autoridades pedem às pessoas que se mantenham bem abrigadas e não se descuidem, diante do que é considerado pelos especialistas como "o ar sustentado mais frio em uma geração".

O serviço meteorológico também advertiu aos motoristas que se preparem para viagens "perigosas" devido ao acúmulo de neve e às temperaturas abaixo de zero, o que impede a limpeza e o tratamento das estradas.

Na área de Chicago a empresa de energia elétrica informou que cerca de 7.000 lares tinham problemas de abastecimento devido ao congelamento das redes.

Em Michigan, a governadora Gretchen Whitmer pediu na noite passada aos residentes do estado que não usem tanto a calefação até o meio-dia de sexta-feira.

O pedido se deve, segundo explicou, à extremamente "alta demanda de gás natural" e a um incidente nas instalações de um fornecedor deste serviço, para assim poder superar (este frio polar) com o "menor dano possível" nos sistemas elétricos.

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