Países da Europa autorizaram cultos em fase aguda da pandemia
Reino Unido e Alemanha, entre outros, permitiram que templos recebessem números reduzidos de fieis para seguirem abertos
Internacional|Do R7
Ao longo de mais de um ano de pandemia do novo coronavírus, líderes de todo o mundo se debruçaram sobre dezenas de propostas e medidas, para formular planos que ajudassem a conter a propagação da covid-19. A questão dos cultos religiosos sempre foi um dos pontos mais delicados na elaboração dessas políticas.
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A necessidade de conter aglomerações e, ao mesmo tempo, observar a liberdade de culto das pessoas levou alguns países europeus a buscar uma solução que pudesse atender os dois lados. Entre eles estão o Reino Unido, a Holanda e a Alemanha. Os três governos adotaram táticas semelhantes, permitindo uma abertura controlada e publicando algumas regras, incluindo máscaras e distanciamento social.
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Outros, como Portugal e Espanha, optaram por fechar os templos religiosos durante as fases mais duras da pandemia. A Itália fez isso no ponto mais crítico, em março do ano passado, quando foi o país mais atingido do mundo pela doença, mas evitou repetir durante o último grande surto de covid-19. Houve algumas restrições na Páscoa, mas as pessoas podiam ir às igrejas perto de suas casas.
Onde os cultos continuaram
No caso do Reino Unido, que está em meio ao processo de reabertura, desde o último dia 29 de março, as pessoas podem ir às igrejas participar de cultos e podem se reunir em grupos de até 6 pessoas, vindos de no máximo dois lares diferentes. Casamentos e velórios também só podem receber até 6 pessoas. No momento dos enterros, ao ar livre, esse número sobe para 30 pessoas.
Ainda assim, há algumas violações. Na última sexta-feira (2), a polícia de Londres entrou em uma igreja no sul da cidade e parou uma missa em que os fiéis estavam aglomerados e, em muitos casos, sem máscaras. Ninguém foi detido ou multado, mas o templo foi esvaziado.
A Holanda, que tem uma forte legislação a favor da liberdade religiosa, tem uma situação diferente. Os templos não foram fechados durante a pandemia, mas podiam funcionar com uma lotação de, no máximo, 30 pessoas. No entanto, nem mesmo esse limite foi respeitado em algumas regiões do país. Sem jurisdição legal, o governo não teve como sancionar esses locais.
Já a Alemanha também liberou os cultos, mas com normas rígidas de número de público e distanciamento social, além da proibição de hinos ou cânticos nos ambientes fechados. Na semana passada, houve uma confusão quando a premiê Angela Merkel anunciou um lockdown para o feriado da Páscoa, mas depois voltou atrás.
Na França. há um lockdown com toque de recolher, mas os cultos prosseguem. O governo tentou limitar para 30 o número de pessoas dentro dos templos, mas essa determinação foi derrubada pela Suprema Corte. O mesmo aconteceu na Bélgica e na Suíça.