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Parlamentares britânicos pedem prioridade à extradição de Assange

Assange permanece na prisão após ser detido na quinta (11) na embaixada do Equador em Londres, onde estava refugiado há quase sete anos

Internacional|EFE

Parlamentares britânicos pedem prioridade à extradição de Assange à Suécia
Parlamentares britânicos pedem prioridade à extradição de Assange à Suécia

Mais de 70 parlamentares britânicos assinaram uma carta na qual pedem ao Ministério do Interior do Reino Unido que priorize a entrega à Suécia do fundador do WikiLeaks, Julian Assange, se as autoridades desse país pedirem sua extradição por um suposto caso de estupro, antes que seja enviado aos Estados Unidos.

Assange permanece em uma prisão britânica após ser detido na última quinta-feira na embaixada do Equador em Londres, onde estava refugiado há quase sete anos, por descumprir as condições de liberdade condicional em 2012 e por uma solicitação de extradição das autoridades dos EUA.

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Na carta, assinada em sua maioria por deputados trabalhistas, os parlamentares pedem ao ministro de Interior, Sajid Javid, que leve em conta um eventual pedido de extradição da Suécia para "investigar adequadamente" uma denúncia de estupro que prescreverá em 2020.


O Ministério Público da Suécia não descarta reabrir o caso contra o jornalista e ativista pelo suposto crime sexual.

A investigação original, pela qual Estocolmo pedia a entrega de Assange, foi encerrada em 2017, diante da impossibilidade de fazê-la avançar com o ativista refugiado na embaixada do Equador.


Na carta, os deputados pedem a Javid que defenda as "vítimas da violência sexual" e permita que as acusações sejam devidamente investigadas.

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"Não presumimos a culpabilidade, certamente, mas acreditamos que o devido processo deveria ser seguido e o querelante deveria ver que se faz Justiça", escrevem os parlamentares.

A carta sugere que as autoridades britânicas e americanas sabiam que o Equador iria retirar o asilo político do ativista australiano.

"Parece que as autoridades suecas não estavam a par dos planos da detenção de Assange em Londres", dizem os parlamentares na carta, e acrescentam que agradeceriam se houvesse clareza sobre se os procuradores suecos foram informados com antecedência sobre a decisão.

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Por sua vez, o líder da oposição trabalhista, Jeremy Corbyn, pediu ontem que Assange não seja extraditado aos EUA.

"O governo britânico deveria se opor à extradição de Julian Assange aos EUA por revelar provas das atrocidades no Iraque e no Afeganistão", escreveu Corbyn na sua conta no Twitter.

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