Partido governista nega proposta para restringir cidadania italiana
Após divulgação de rascunho, Liga negou que líder Matteo Salvini tenha proposto imposição de limite de geração ao reconhecimento de cidadania
Internacional|Da Ansa Brasil
A Liga, partido governista da Itália, negou que seu líder, o ministro do Interior da Itália, Matteo Salvini, tenha proposto a imposição de um limite de geração ao reconhecimento de cidadania italiana por direito de sangue (jus sanguinis).
O desmentido chega após a divulgação do rascunho de um decreto sobre migração atribuído a Salvini e que falava em conceder a cidadania apenas "para descendentes diretos de segundo grau". A medida reduziria drasticamente o número de brasileiros que podem solicitar a cidadania italiana.
Em um vídeo postado no Facebook, o deputado ítalo-brasileiro Luis Roberto Lorenzato, eleito pela Liga na circunscrição da América do Sul, disse que o chamado "Decreto Salvini" tratará apenas de "estrangeiros".
"Vocês, italianos nascidos no exterior, não são estrangeiros. Vocês já nasceram italianos. Nesse decreto não se fala dos italianos no mundo, podem ficar tranquilos. A Liga defende primeiro os italianos, inclusive os italianos do exterior", declarou Lorenzato.
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Também no Facebook, o parlamentar acrescentou que o rascunho divulgado pela imprensa italiana era apenas um dentre os muitos feitos pelos "técnicos" do Ministério do Interior. "E, curioso, o único que vazou", ironizou.
A comunidade ítalo-descendente no Brasil chegou até a criar um abaixo assinado que reuniu 6,7 mil assinaturas contra a suposta restrição.
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