O inspetor-geral da polícia do Quênia, Joseph Boinnet, declarou nesta terça-feira (15) que um "suposto ataque terrorista" foi cometido contra um complexo hoteleiro de Nairóbi e que as operações policiais seguem em curso para neutralizar os agressores.
"Lamentamos confirmar que por volta das 15h (10h em Brasília), um grupo de agressores atacou o complexo do (hotel) Dusit em um suposto ataque terrorista", disse Boinnet em entrevista coletiva na sede da polícia no centro de Nairóbi.
Uma explosão e tiros foram ouvidos hoje por volta do horário citado por Boinnet no complexo 14 Riverside no bairro de Westlands, onde fica o luxuoso hotel DusitD2, que costuma sediar conferências.
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Boinnet informou que as forças de segurança e de emergência foram imediatamente mobilizadas e "estão lidando com a situação", uma vez que os moradores "foram retirados da região".
"Somos conscientes de que há criminosos armados ainda no hotel e as forças especiais atualmente estão neutralizando-os", ressaltou o inspetor-geral.
"Estamos tentando levar esta situação à normalidade o mais rápido possível", indicou Boinnet, ao agregar que "houve feridos no ataque".
A polícia não confirmou o número de vítimas, mas várias ambulâncias retiraram pessoas da região, como pôde comprovar a Agência Efe.
Os feridos foram chegando aos hospitais principais da capital e, segundo soube a Efe através de fontes médicas, mais de 10 pessoas estão sendo atendidas em dois centros: Aga Khan e Avenue Hospital.
Os agressores passaram pelo controle de acesso de veículos ao complexo atirando contra os guardas e lançaram explosivos contra vários automóveis que estavam no estacionamento, segundo disse a polícia ao jornal local "Daily Nation".
Outra explosão foi ouvida horas depois, conforme pôde comprovar a Efe no terreno, mas, segundo veículos de imprensa locais, tratou-se da explosão controlada de uma bomba que estava em um carro.
O grupo jihadista somali Al Shabab reivindicou a autoria do ataque através de seu porta-voz, Ali Dheere, em mensagem emitida em sua rádio, "Andalus", na qual declarou: "Os não muçulmanos são nosso alvo e vamos matá-los ali onde se escondam de nós"