Um grupo marxista racial que atua em Concepción, no norte do Paraguai, mantém Arlan Fick, filho do produtor rural brasileiro, Alcido Fick, em cativeiro, mesmo depois do pagamento do resgate. O jovem, de 16 anos, está preso pelo EPP (Exército do Povo Paraguaio), há 172 dias.
De acordo com o jornal paraguaio ABC, os guerrilheiros afirmaram que só aceitam libertar Fick em troca da liberação dos líderes do EPP que estão detidos em Assunção.
Na última sexta-feira (19), as forças oficiais do país enfrentaram militantes do EPP na estrada Rota 3, que liga Assunção a Concepción, e três pessoas morreram. O confronto começou durante uma operação militar que busca o cativeiro de Fick em acampamentos dos guerrilheiros.
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O presidente paraguaio, Horácio Cartes, criou uma nova tática para prender os sequestradores do jovem. A FTC (Força-Tarefa Conjunta), cercou os acampamentos apoiada por quatro helicópteros. Um deles foi atingido por tiros dos militantes.
Segundo o jornal Hoy, o jovem foi sequestrado em 2 de abril, durante um tiroteio. A família de Fick afirma já ter depositado o valor do resgate exigido pelos sequestradores, que seria de cerca de R$ 1 milhão (US$ 500 mil), além da distribuição de alimentos para os vilarejos na região.
A polícia paraguaia mantêm as buscas para encontrar o jovem.