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Política norte-americana terá um início de 2021 agitado

Na 3ª, acontece o segundo turno para senadores da Geórgia e na 4ª, a sessão do Congresso que encerra o processo eleitoral

Internacional|Fábio Fleury, do R7

Sessão de 4ª no Congresso deve ter
desafio à eleição feito por parte dos republicanos
Sessão de 4ª no Congresso deve ter desafio à eleição feito por parte dos republicanos Sessão de 4ª no Congresso deve ter desafio à eleição feito por parte dos republicanos

A primeira semana de 2021 será agitada para a política dos EUA, com um evento que pode determinar como será conduzido o governo do presidente eleito Joe Biden e outro que deveria ser apenas uma formalidade, mas vai ser transformado em mais um campo de batalha na luta de Donald Trump para se apegar ao cargo, mesmo após sua derrota na eleição presidencial.

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Na terça-feira (5), acontece o segundo turno da eleição para as duas cadeiras do Estado da Geórgia no Senado norte-americano. Os democratas Jon Ossoff e Raphael Warnock precisam vencer os atuais senadores republicanos David Perdue e Kelly Loeffler, para que o partido consiga o controle da casa.

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No dia seguinte, após a posse dos congressistas eleitos em 3 de novembro de 2020, uma sessão parlamentar será realizada para confirmar os votos do Colégio Eleitoral, algo que é corriqueiro em todas as eleições. Segundo a imprensa norte-americana, um grupo de republicanos deve se opôr e forçar uma votação dentro do parlamento para contestar o resultado. A estratégia, no entanto, dificilmente poderia alterar a vitória de Biden.

Decisão na Geórgia

Mais de 3 milhões de pessoas já depositaram seus votos de maneira antecipada na eleição especial para o Senado na Geórgia. Isso equivale a 38,8% dos eleitores registrados e pode ser decisivo na eleição.

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Se os democratas Ossoff e Warnock conseguirem a vitória, o partido terá 50 senadores, o mesmo número dos republicanos. Com isso, qualquer votação em que haja um empate receberia o voto de Minerva da vice-presidente eleita Kamala Harris, que também será a presidente do Senado.

Como os democratas já têm maioria na Câmara de Representantes, o governo Biden teria um caminho muito mais aberto para decidir e aprovar suas políticas. Caso os republicanos ganhem uma das vagas da Geórgia, terão a maior bancada e poderão travar diversos projetos nos próximos quatro anos.

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Sessão decisiva no Congresso

A cada nova legislatura, o Congresso norte-americano recebe em uma sessão conunta os votos do Colégio Eleitoral, que neste ano foram preenchidos em 14 de dezembro e apontaram a vitória de Joe Biden sobre Donald Trump, por 306 delegados contra 232 de Trump. Esses votos são lidos e, em uma eleição normal, confirmados apenas por formalidade exigida pela Constituição.

Em 2021, no entanto, um grupo de republicanos deve interferir nesse processo. Segundo parlamentares que não quiseram se identificar, mais de 140 republicanos da Câmara devem levantar uma objeção e pedir uma "revisão" dos votos dados em Estados decisivos como Michigan, Pensilvânia e Wisconsin, apoiados em boatos de fraude que até o momento não foram comprovados por nenhuma instâmcia da Justiça.

Últimas tentativas

No sábado (2), um grupo de 11 senadores republicanos também afirmou que irá apoiar a iniciativa em nome de Trump. Por lei, se um representante na Câmara e um no Senado levantarem objeções, cada uma das casas do Congresso se reúne em seus plenários durante duas horas para ouvir as argumentações. Depois, é feita uma votação para confirmar os resultados do Colégio ou não.

Mesmo que isso aconteça, a chance da eleição ser modificada é mínima. Os democratas têm uma maioria confortável na Câmara e, no Senado, os principais líderes republicanos já se manifestaram publicamente ou nos bastidores, contra a objeção. Seria necessária uma vitória em ambas as casas para manter Trump no cargo.

As dezenas de tentativas republicanas na Justiça para alterar o resultado deram errado, o que diminui ainda mais a possibilidade de uma virada de mesa. Mesmo assim, os aliados do atual presidente devem tentar de tudo para pelo menos adiar a posse de Biden, marcada para o próximo dia 20. Até o momento, Trump se recusa a reconhecer sua derrota.

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