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Presidente do Quênia promete ofensiva contra seitas após morte de 58 pessoas

Polícia encontrou corpos de vítimas suspeitas de integrar organização que incentivava os seguidores a 'jejuar até a morte'

Internacional|Do R7

Policiais acreditam que devem encontrar mais corpos na floresta onde se reuniam os membros da seita
Policiais acreditam que devem encontrar mais corpos na floresta onde se reuniam os membros da seita Policiais acreditam que devem encontrar mais corpos na floresta onde se reuniam os membros da seita

O presidente do Quênia, William Ruto, prometeu nesta segunda-feira (24) adotar medidas contundentes contra movimentos religiosos "nebulosos". A decisão ocorre após a polícia encontrar 58 corpos de pessoas suspeitas de integrar uma seita cujo líder, Makenzie Nthenge, incentivava os seguidores a "jejuar até a morte".

"O que vimos em Shakahola é algo característico de terroristas", declarou o presidente durante uma cerimônia de entrega de diplomas aos funcionários do sistema prisional. "Os terroristas usam a religião para promover seus atos hediondos. Pessoas como Mackenzie utilizam a religião para fazer exatamente o mesmo."

No dia 14 de abril, as autoridades encontraram na floresta de Shakahola, perto da cidade costeira de Malini, os restos mortais de quatro membros da seita. No mesmo dia, 11 pessoas foram resgatadas e hospitalizadas.

O chefe de polícia Japhet Koome, que compareceu ao local nesta segunda-feira, confirmou a morte de 58 pessoas. 

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O presidente Ruto afirmou que pediu aos "organismos responsáveis que examinem o tema e cheguem ao fundo das atividades das religiões e das pessoas que querem usar a religião para promover uma ideologia nebulosa e inaceitável".

Os policiais acreditam que devem encontrar mais corpos na floresta onde se reuniam os membros da seita. Vários integrantes da igreja continuam escondidos no local, embora 29 pessoas já tenham sido resgatadas, segundo Koome.

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A mata, de mais de 300 hectares, está isolada e foi declarada "cena de crime", disse o ministro do Interior.

"É um grande golpe e um grande choque para o nosso país", afirmou à AFP Sebastian Muteti, secretário de Proteção da Infância no condado de Kilifi. Para ele, esses são "massacres em massa".

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As descobertas macabras provocam perguntas sobre as ações das autoridades, que tinham conhecimento das atividades de Makenzie Nthenge desde 2017.

O líder da seita já foi detido porque convenceu muitas crianças a não frequentar o colégio. Na época, ele foi acusado de "radicalização" e de administrar uma escola não registrada.

Nthenge voltou a ser preso no mês passado, depois que duas crianças morreram de fome, mas pagou uma fiança de 100 mil xelins quenianos (R$ 3.728) e foi liberado.

O homem se entregou à polícia e está detido desde 15 de abril. Ele comparecerá a uma audiência com um juiz em 2 de maio.

Polícia encontra pelo menos 58 corpos em seita que defendia 'jejum até a morte' no Quênia

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