O presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, justificou um beijo na boca que deu em uma filipina casada durante evento na Coreia do Sul, e disse que renunciará se muitas mulheres ficarem ofendidas e assinarem uma petição pedindo sua saída.
Duterte descreveu o beijo de domingo como "puro showbiz" para entreter uma multidão de expatriados filipinos.
Feministas, no entanto, classificaram o ato como sua "maneira pervertida" de provocar mulheres revoltadas com seus comentários depreciativos frequentes, alguns de natureza sexual.
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"Se houver mulheres suficientes... bem, acho que se todas as mulheres aqui assinarem uma petição pedindo que eu renuncie, renunciarei", disse Duterte em uma coletiva de imprensa perto da meia-noite de terça-feira ao voltar de uma visita oficial à Coreia do Sul.
Duterte beijou mulher casada
As redes sociais ficaram repletas de fotos e vídeos de Duterte em um palco pedindo a uma mulher não identificada da plateia de filipinos que o beijasse em troca de um livro que estava dando. A mulher, que pareceu entusiasmada de ver Duterte em pessoa, concordou.
Duterte tem a reputação de um astro do rock entre seus compatriotas e seguidores quase fanáticos entre os que vivem no exterior. Durante seus 22 anos como prefeito da cidade de Davao ele disse que beijar mulheres é seu "estilo".
Os comentários polêmicos de Duterte sobre as mulheres incluem várias piadas públicas sobre estupro, mas nenhuma abalou seu apoio interno, e muitos filipinos veem sua linguagem grosseira e politicamente incorreta como parte de seu carisma.
Recentemente defensoras dos direitos das mulheres das Filipinas lançaram a campanha online #BabaeAko (Eu Sou Uma Mulher) para enviar a mensagem de que não estão passivas diante dos comentários "sexistas" do líder.
Nesta quarta-feira (6), o assessor presidencial Salvador Panelo disse que o beijo mostrou a personalidade afetuosa e paternal de Duterte, e que a contemplada usufruiu do momento em Seul.
"Ela o fez espontânea e empolgadamente, ficou até corada", disse ele ao canal de notícias ANC.