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Protestos na Colômbia chegam ao 5º dia e pressionam Iván Duque

Presidente colombiano se reúne com sindicatos e empresários, em meio a panelaços contra reformas econômicas e violência policial

Internacional|

Manifestante segura cartaz dizendo 'Todos queremos paz' em protesto na Colômbia
Manifestante segura cartaz dizendo 'Todos queremos paz' em protesto na Colômbia Manifestante segura cartaz dizendo 'Todos queremos paz' em protesto na Colômbia

Manifestantes tomaram as ruas da Colômbia nesta segunda-feira (25) para um quinto dia de manifestações por questões que incluem reformas econômicas, violência policial e corrupção, enquanto o presidente Iván Duque estava pronto para se reunir com líderes sindicais e empresariais.

Os protestos começaram com uma manifestação de 250 mil pessoas na semana passada e têm sido marcados por amplos "panelaços" nos bairros — a tradicional forma de protesto latino-americano na qual as pessoas batem em potes e panelas para fazer barulho.

Manifestantes de todas as idades se declaram contrários a supostos planos econômicos como um corte nos salários mínimos para jovens, medida que Duque nega apoiar.

Eles também ressaltam o que dizem ser uma falta de ação do governo para impedir os assassinatos de centenas de ativistas dos direitos humanos.

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Duque prometeu um "grande diálogo nacional" focado em questões sociais e na luta contra a corrupção para os próximos meses, e convidou os cidadãos a submeterem suas propostas sobre como melhorar a Colômbia.

Reunião com líderes sindicais

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O presidente deve se encontrar com representantes do empresariado e do sindicatos, que organizaram a primeira manifestação.

Muitos manifestantes também estão exigindo que o governo implemente totalmente um acordo de 2016 feito com os rebeldes Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), o qual Duque tentou modificar mas não teve sucesso.

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As táticas utilizadas pelos batalhões de choque para dispersar as manifestações, incluindo o uso de bombas de gás lacrimogêneo e de efeito moral, enfureceram muitas pessoas, incluindo o manifestante Dilan Cruz, de 18 anos, que ficou gravemente ferido na tarde de sábado.

Manifestações pacíficas; 3 mortos

As manifestações foram amplamente pacíficas, apesar de incidentes isolados de vandalismo em algumas horas e da aplicação de toques de recolher em Bogotá e Cali.

O governo disse que três pessoas foram mortas depois dos protestos de quinta-feira em incidentes que, segundo a polícia, envolveram vandalismo e saques. Mais de 340 policiais ficaram feridos até agora.

A agência de imigração da Colômbia disse na segunda-feira que deportou 59 venezuelanos que estavam "participando de uma série de atividades que colocavam a ordem pública e a segurança nacional em risco".

A agência disse que respeitava o direito à livre manifestação, mas se recusou a permitir as ações de alguns para afetar a segurança ou gerar xenofobia. Há cerca de 1,4 milhão de venezuelanos vivendo na Colômbia.

Governo Duque marcado por problemas

O governo de Duque tem sido marcado por problemas desde que ele assumiu o poder, há 16 meses, incluindo embates com o Congresso, baixos números de aprovação e iniciativas legislativas fracassadas.

Os protestos coincidem com manifestações em outros países da América Latina, desde as marchas contrárias às medidas de austeridade no Chile, as tensões inflamadas no Equador e na Nicarágua e os protestos contra as eleições fraudadas na Bolívia e que levaram à renúncia do presidente Evo Morales.

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