Rahul Gandhi, líder do Partido do Congresso, liderado por membros da dinastia Nehru-Gandhi e principal da oposição, assumiu nesta quinta-feira (23) sua derrota nas eleições gerais para o governante BJP, do primeiro-ministro Narendra Modi, que lidera a apuração de votos na maioria das circunscrições.
"Tinha dito durante a campanha que as pessoas são os verdadeiros líderes, ordenaram e decidiram a favor do BJP. Parabenizo Modi e o BJP", disse em entrevista coletiva em Nova Délhi o presidente da legenda que governou a Índia na maior parte da história moderna e que hoje admitiu que a contundente derrota eleitoral de 2014 se repetiu.
Leia também
O Partido do Congresso obteve, por enquanto, sete cadeiras e lidera a apuração em outras 43 circunscrições — em 2014 obteve 44 cadeiras — enquanto o BJP conta com 18 e tem uma ampla vantagem sobre seus oponentes em outras 287 circunscrições, de um total de 542 cadeiras.
Rahul assumiu também que a família perdeu em seu tradicional reduto, Amethi, no estado de Uttar Pradesh, para a ministra do BJP Smriti Irani. No entanto, Rahul lidera no segundo maior reduto eleitoral pelos quais concorria ao Parlamento, em Wayanad (sul).
Em breve conversa com a imprensa, o caçula da dinastia se negou a admitir que falhou em obter apenas 50 cadeiras, ligeiramente acima das 44 de 2014, quando sofreu a maior derrota de sua trajetória.
Ao invés disso, Gandhi insistiu que o importante na jornada de hoje é que "as pessoas da Índia decidiram que Modi será o primeiro-ministro".
"Como indiano, respeito totalmente", disse Rahul sobre a vitória de seu adversário.
Com uma participação que superou 60% de média, estima-se que cerca de 600 milhões de indianos tenham votado para escolher os 542 legisladores do Parlamento.