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Repórteres sem Fronteiras pede liberdade de imprensa na China

ONG afirma que atualmente 127 jornalistas estão detidos pelo regime do Partido Comunista da China

Internacional|Do R7

Repórteres sem Fronteiras denuncia a falta de liberdade de imprensa na China
Repórteres sem Fronteiras denuncia a falta de liberdade de imprensa na China Repórteres sem Fronteiras denuncia a falta de liberdade de imprensa na China

A ONG Repórteres sem Fronteiras (RSF) fez um apelo às nações democráticas para que tomem medidas em defesa da liberdade de imprensa na China. Segundo a entidade, o regime do Partido Comunista Chinês é o que mais encarcera jornalistas em todo o mundo e, atualmente, 127 profissionais da área estariam atrás das grades no país.

Em um relatório chamado O Grande Passo Atrás do Jornalismo na China, a RSF denunciou a "campanha sem precedentes que vem sendo promovida nos últimos anos pelo regime chinês contra o jornalismo e o direito à informação no mundo inteiro".

O secretário-geral da entidade, Christophe Deloire, afirmou que, se as autoridades de Pequim seguirem nessa direção, "os cidadãos chineses correm o risco de perder a esperança de ver um dia a liberdade de imprensa instaurada em seu país".

Para evitar esse cenário, Deloire fez um apelo às democracias do mundo para que identifiquem "todas as estratégias adequadas para dissuadir o regime de Pequim de continuar suas políticas de repressão" e ao mesmo tempo apoiem os chineses que "querem defender seu direito à informação".

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No relatório, a RSF detalha a "estratégia de Pequim para controlar o acesso à informação dentro e fora de suas fronteiras", analisa "as ferramentas de repressão aos jornalistas utilizadas pelo governo" e fala sobre a piora da liberdade de imprensa em Hong Kong.

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Segundo a ONG, para os jornalistas chineses, o simples ato de investigar é um tabu e publicar informações sigilosas pode lhes custar anos de cárcere em "prisões insalubres onde os maus-tratos podem levar à morte".

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Também fala de um "sistema de intimidação de correspondentes internacionais", baseado em "vigilância e chantagem com os vistos", que forçou 18 jornalistas internacionais a deixarem o país em 2020. Além disso, menciona três jornalistas de veículos estrangeiros que têm origem chinesa (Gui Minhai, Yang Hengjun e Cheng Lei) que foram detidos acusados de espionagem.

Jornal censurado

No último dia 29 de novembro, o site do jornal ABC, um dos principais da Espanha, apareceu censurado na China, depois de publicar um perfil do presidente Xi Jinping e uma crônica sobre os sumiços temporários de personagens famosos em território chinês.

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Em entrevista ao portal argentino Infobae, o jornalista Pablo Díez, correspondente do ABC na Ásia desde 2005 e baseado em Pequim, confirmou que a edição digital do jornal, que até então era acessível no país, "não abre aqui desde 28 de novembro" sem o uso de um VPN para driblar a censura.

"Não recebemos nenhuma notificação oficial, mas tudo parece mostrar que se deve aos dois artigos publicados no fim de novembro", explicou o correspondente. Ele escreveu ambos os textos: um perfil do presidente chinês que fez parte de uma série sobre ditadores comunistas e uma reportagem sobre famosos que desapareceram temporariamente após terem problemas com o governo chinês.

Dessa forma, o ABC se junta a dois jornais espanhóis, o El País e o El Confidencial, que têm acesso bloqueado no território chinês, assim como outros veículos internacionais, como os norte-americanos The New York Times e Washington Post, e o The Guardian e a BBC, ambos do Reino Unido, entre outros.

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