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Rússia acusa Ucrânia de ataque à central nuclear e alerta para ‘consequências catastróficas’

Secretário-geral da ONU Antonio Guterres criticou o ataque que chamou de ‘suicida’ mas não responsabilizou nenhuma das partes

Internacional|Do R7

Soldado ucraniano é visto em cima de um tanque de guerra, na região de Kharkiv, na Ucrânia
Soldado ucraniano é visto em cima de um tanque de guerra, na região de Kharkiv, na Ucrânia

A Rússia acusou nesta segunda-feira (7) as forças ucranianas de bombardearem a maior central nuclear da Europa e fez um alerta sobre as potenciais "consequências catastróficas" para o continente.

O bombardeio das instalações da central nuclear de Zaporizhzhia "por parte das Forças Armadas ucranianas é uma atividade extremamente perigosa que pode ter consequências catastróficas para uma vasta região, incluindo o território da Europa", declarou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.

Ele pediu aos aliados da Ucrânia que "utilizem sua influência para evitar a continuidade dos bombardeios".

A Ucrânia e a Rússia trocam acusações pelos ataques contra a central de Zaporizhzhia, que está sob controle russo desde março.


O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, criticou os ataques, sem responsabilizar nenhuma das partes. “Qualquer ataque contra uma central nuclear é ‘suicida’” , alertou ele.

Os confrontos da última sexta-feira (5) na central levaram o diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Grossi, a alertar para um "risco muito real de desastre nuclear".


Em uma entrevista coletiva em Tóquio, Guterres disse que “respalda a AIEA em seus esforços para criar as condições de estabilização da usina”.

"Espero que os ataques terminem e, ao mesmo tempo, espero que a AIEA consiga ter acesso ao local", completou.


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O secretário-geral da ONU fez as declarações depois de visitar Hiroshima no fim de semana, onde discursou por ocasião do aniversário de 77 anos do primeiro ataque com bomba atômica no mundo.

O português, de 73 anos, também fez uma dura advertência sobre os horrores das armas atômicas na semana passada, em Nova York, durante uma conferência do Acordo de Não Proliferação Nuclear (TNP).

A humanidade está "a apenas um mal-entendido, a um erro de cálculo da aniquilação nuclear", disse Guterres, antes de pedir ao mundo que se desfaça de suas armas nucleares, "a única garantia de que nunca serão utilizadas".

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