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Rússia culpa Zelenski e EUA pela morte de 50 prisioneiros ucranianos

Segundo autoridades russas, mísseis usados em ataque são produzidos por americanos e foram doados à Ucrânia

Internacional|Do R7

Leste da Ucrânia é o foco dos ataques russos e ucranianos nesta fase da guerra
Leste da Ucrânia é o foco dos ataques russos e ucranianos nesta fase da guerra

A Rússia culpou neste sábado (30) o presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski, e os Estados Unidos pelo ataque a uma prisão em Donetsk, em que morreram 50 prisioneiros ucranianos, de acordo com o Ministério da Defesa russo.

"Toda a responsabilidade política, criminal e moral pelo sangrento massacre contra os ucranianos recai pessoalmente sobre Zelenski, seu regime criminoso e quem o apoia, Washington", disse o comunicado.

Moscou e os separatistas pró-Rússia afirmam que o ataque à prisão na cidade de Yelenovka foi realizado com mísseis Himars fornecidos pelos EUA ao Exército ucraniano. O porta-voz do Ministério da Defesa russo, general Igor Konashenkov, confirmou hoje a morte de 50 dos 193 prisioneiros ucranianos que estavam no complexo.

"Os restos mortais de 48 militares ucranianos foram encontrados e recuperados dos escombros. Além disso, outros dois soldados ucranianos gravemente feridos morreram a caminho do hospital", disse.


Ele revelou que 73 pessoas tiveram de ser hospitalizadas com ferimentos graves. O Ministério da Defesa russo também publicou uma lista com a identidade dos 123 mortos e feridos, que tinham entre 20 e 49 anos.

Por sua vez, a Ucrânia pediu à ONU e ao CICV (Comitê Internacional da Cruz Vermelha) que enviem uma missão a Donetsk para investigar o ataque.


"O bombardeio é um ato cínico de terrorismo da Federação Russa, uma provocação militar e uma operação clássica de bandeira falsa destinada a ocultar crimes de guerra, desacreditar as Forças Armadas ucranianas e aumentar as tensões na sociedade ucraniana", afirmaram o Exército, o Ministério da Defesa, os serviços de segurança e o gabinete da provedora de Justiça ucranianos em um comunicado.

A nota volta a negar que Kiev esteja por trás do ataque a Yelenovka, argumentando que o Exército ucraniano tem "equipamento suficiente" para "identificar seus alvos" com precisão.


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O fato de os presos terem sido transferidos para o local pouco antes do ataque e a ausência de hostilidades naquela região mostram que se tratou de uma eliminação premeditada, acrescenta o comunicado.

Os serviços de inteligência ucranianos atribuem o ataque a mercenários da empresa militar privada Wagner, que alguns dias antes apreendeu uma usina de energia em Donetsk.

Ontem, os separatistas pró-Rússia acusaram Kiev de ter atacado a prisão, que mantinha, entre outros presos, membros do batalhão ultranacionalista Azov, para incutir medo em seus soldados e impedir que eles fossem capturados.

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