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Rússia e Turquia acertam cessar-fogo na região síria de Idlib

Presidentes dos dois países acertam um acordo para cessar conflito no noroeste da Síria que já tirou mais de 1 milhão de pessoas de suas casas

Internacional|Do R7

Putin e Erdogan anunciam acordo em Moscou
Putin e Erdogan anunciam acordo em Moscou

Turquia e Rússia acertaram um acordo de cessar-fogo em Idlib, na Síria, nesta quinta-feira (5), depois de uma longa reunião entre os presidentes dos dois países, Recep Tayyip Erdogan e Vladimir Putin, em Moscou. O conflito que já desalojou quase 1 milhão de pessoas em três meses.

O presidente russo, Vladimir Putin, ao lado de seu colega turco, Tayyip Erdogan, disse esperar que o acordo leve à suspensão da ação militar no último bastião rebelde da Síria, localizado no extremo noroeste do país.

Leia também: Erdogan recusa dinheiro da UE para manter refugiados na Turquia

"Expresso a esperança de que estes acordos sirvam como uma boa base para uma cessação da atividade militar na zona de distensão de Idlib (e) detenham o sofrimento da população pacífica e a crise humanitária crescente", disse Putin.


Trégua em vigor

Erdogan afirmou aos repórteres que a trégua entrará em vigor à meia-noite desta quinta-feira. "Trabalharemos juntos para fornecer ajuda aos sírios necessitados", disse, acrescentando que a Turquia mantém o direito "de reagir a todos os ataques do regime (sírio) em solo".

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Rússia e Turquia apoiam lados opostos do conflito sírio de nove anos — Moscou respalda o presidente Bashar al-Assad, e Ancara ampara alguns grupos rebeldes. Nos últimos anos eles firmaram vários acordos de cessar-fogo em Idlib que fracassaram.


Ataques aéreos russos impulsionaram uma ofensiva das forças de Assad em Idlib que desencadearam o que a Organização das Nações Unidas (ONU) diz poder ser a pior crise humanitária até hoje em uma guerra que expulsou milhões de suas casas e matou centenas de milhares.

Mas os militares russos minimizaram diversas vezes qualquer insinuação de uma crise de refugiados e acusaram a Turquia de violar a lei internacional por ter enviado tropas e uma divisão de blindados para Idlib.

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