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Rússia vota lei para permitir recrutamento de militares durante todo o ano; entenda

Proposta do parlamento pretende estender processos de admissão, como exames médicos e avaliações psicológicas, para o ano inteiro

Internacional|Do R7

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Rússia pode aprovar lei para permitir recrutamento de militares durante todo o ano Divulgação/Petr Kovalev/TASS

A Rússia pode aprovar uma lei para alterar o sistema de recrutamento militar do país e permitir que processos de admissão, como exames médicos e avaliações psicológicas, sejam realizados durante o ano.

A proposta, apresentada pela câmara baixa do parlamento russo nesta terça-feira (22), foi noticiada pela TASS, a agência de notícias estatal do país. Se aprovada, a nova lei entrará em vigor em 1º de janeiro de 2026.


RESUMO DA NOTÍCIA

  • Rússia estuda lei para recrutamento militar permanente, realizando exames durante todo o ano.
  • A nova legislação, se aprovada, entraria em vigor em 1º de janeiro de 2026.
  • Proposta busca descongestionar as juntas de recrutamento e melhorar a qualidade das avaliações.
  • Grupos de direitos humanos alertam para prática de convocações fora dos períodos oficiais.

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Atualmente, todos os homens russos entre 18 e 30 anos devem cumprir um ano de serviço militar obrigatório. As convocações ocorrem em dois períodos específicos: de 1º de abril a 15 de julho e de 1º de outubro a 31 de dezembro. Durante esses períodos, os jovens são convocados, passam por exames e são enviados às unidades militares.

A proposta, elaborada pelo presidente do Comitê de Defesa da câmara baixa, Andrey Kartapolov, e pelo vice-presidente, Andrey Krasov, mantém os dois períodos fixos para o envio dos recrutas às unidades. No entanto, atividades como exames médicos, avaliações psicológicas e sessões do conselho de recrutamento poderiam ser realizadas ao longo de todo o ano.


A reforma também obriga que homens elegíveis que perderem o adiamento do serviço militar ou não receberem uma intimação antes do período de despacho terão que se apresentar ao cartório de alistamento dentro de duas semanas após o início desses períodos.

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A justificativa oficial, segundo o próprio texto do projeto, é que o modelo atual, com recrutamento concentrado em dois períodos curtos, sobrecarrega as juntas de recrutamento, equipes médicas e instalações militares.


A realização de processos ao longo do ano, segundo os proponentes, melhoraria a eficiência e a qualidade das avaliações médicas e psicológicas.

No entanto, grupos de direitos humanos apontam que a proposta pode formalizar uma prática já comum: autoridades russas frequentemente convocam jovens fora dos períodos oficiais, sob o pretexto de “esclarecer dados pessoais”, para submetê-los a exames médicos.


Essa prática tem sido criticada, especialmente após relatos de recrutas inexperientes sendo enviados para zonas de combate, apesar das promessas do presidente Vladimir Putin de que isso não ocorreria, segundo a mídia independente russa.

O governo da Ucrânia diz que a reforma ocorre em um momento em que a Rússia enfrenta perdas militares significativas na guerra. Segundo o Ministério da Defesa do Reino Unido, a Rússia perdeu cerca de 240 mil soldados, entre mortos e feridos, apenas neste ano.

Nesse cenário, Moscou tem intensificado esforços para reforçar a mobilização militar. Nos últimos meses, foram aprovadas leis que aumentam penalidades por evasão ao alistamento e facilitam convocações digitais.

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