Socorristas espanhóis seguem com as buscas após resgate de 86 migrantes perto das Canárias
Equipes tentam localizar outras embarcações que partiram do Senegal e estariam perdidas no mar com dezenas de pessoas
Internacional|Do R7, com AFP

Equipes de resgate da Espanha resgatam 86 migrantes de origem subsaariana na segunda-feira (10), que estavam a bordo de uma embarcação precária perto da costa do arquipélago das Ilhas Canárias, informou à AFP o serviço de Salvamento Marítimo (Sasemar).
As equipes de emergência espanholas continuam, nesta terça-feira (11), as buscas por outras três embarcações que estariam desaparecidas.
O serviço de Salvamento Marítimo da Guarda Costeira pediu a ajuda "dos navios que transitam pela zona" e um dos seus aviões estava previsto sobrevoar o Oceano Atlântico na manhã desta terça, disse à AFP um porta-voz da instituição. "Porém, nenhuma outra (embarcação) foi encontrada", afirmou.
Um avião de busca enviado pelo Salvamento Marítimo havia estimado, inicialmente, que o número de pessoas nesse barco era "cerca de 200", motivo pelo qual poderia tratar-se de uma embarcação procurada na mesma área, que partiu do Senegal há cerca de duas semanas com 200 pessoas a bordo.
"Ainda não podemos confirmar 100%, mas é provável que seja o mesmo" barco, afirmou uma porta-voz do Salvamento Marítimo.
Contudo, o serviço atualizou essa informação e reconheceu que sua estimativa do número de pessoas estava incorreta.
"O número que havia sido dado antes foi por parte do avião 'Sasemar 101', mas é difícil determinar o número de pessoas por via aérea", admitiu outra porta-voz.
Os migrantes resgatados são 80 homens e seis mulheres. Eles foram levados por um barco do Salvamento Marítimo para o porto de Arguineguin, na ilha de Gran Canaria, onde foram recebidos pelo pessoal da Cruz Vermelha que lhes prestaram atendimento médico, segundo constatou uma fotógrafa da AFP.
Segundo a ONG espanhola Caminando Fronteras, que baseia seus dados em depoimentos de migrantes ou de seus familiares, a embarcação procurada partiu em 27 de junho da cidade senegalesa de Kafountine, localizada a cerca de 1.700 quilômetros da costa das Ilhas Canárias.
"Os familiares também nos avisaram da perda dessa embarcação quando passaram dias e não tiveram notícias", disse a coordenadora da ONG, Helena Maleno, em mensagem de áudio.
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Esse não é, porém, o único desaparecimento que a organização alerta. A ONG também pediu ajuda para a busca de outras duas embarcações. Segundo as informações de que dispõe, ambas também deixaram a costa senegalesa em 23 de junho: uma, com 65 passageiros; e outra, com entre 50 e 60 pessoas a bordo.
"Eles estão na água há muitos dias, mas são embarcações de madeira e ainda temos tempo para ter bons meios de resgate para salvar vidas", disse Maleno.
Desde o endurecimento dos controles no Mediterrâneo, a perigosa rota migratória para as Ilhas Canárias está particularmente movimentada. Os naufrágios são frequentes nesta viagem, especialmente perigosa, devido às fortes correntes e ao mau estado das embarcações.
Segundo números da Organização Internacional para as Migrações (OIM), 126 migrantes morreram, ou desapareceram, durante sua travessia para as Ilhas Canárias de janeiro a junho. Por sua vez, a ONG Caminando Fronteras estima em 778 o total de mortos e desaparecidos.
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