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Trump é processado por morte de policial após ataque ao Capitólio

Brian Sicknick, agredido por manifestantes, faleceu no dia seguinte ao incidente ocorrido no Congresso americano

Internacional|Do R7

Milhares de manifestantes invadiram o Capitólio em janeiro de 2021
Milhares de manifestantes invadiram o Capitólio em janeiro de 2021

A viúva do policial Brian Sicknick, que foi agredido durante o ataque ao Capitólio e morreu um dia depois, entrou com uma ação contra o ex-presidente Donald Trump (2017-2021), segundo informou nesta sexta-feira (6) a imprensa americana.

O processo, aberto na noite de quinta-feira (5) no tribunal federal de Washington, capital dos Estados Unidos, foi apresentado na véspera do aniversário de dois anos da invasão ao Capitólio, que deixou cinco mortos, Sicknick entre eles, e centenas de feridos.

Sandra Garza, viúva do agente, afirma no documento do tribunal que a morte do marido foi uma "consequência direta e previsível" das palavras de Trump em um discurso aos apoiadores em 6 de janeiro.

O ex-presidente fez um discurso incendiário na Casa Branca antes do ataque ao Capitólio, no qual instigou apoiadores a marchar até a sede do Congresso, em meio a alegações infundadas de que houve fraude nas eleições presidenciais de 2020.


O processo também cita dois dos invasores, Julian Khater e George Tanios, por ter agredido Sicknick, atacando-o com repelente de urso e deixando-o incapaz de "se defender contra a multidão".

Khater e Tanios se declararam culpados no ano passado das acusações relacionadas à agressão e aguardam a sentença.


Embora um legista tenha determinado na época que a morte de Sicknick foi "natural" devido a um derrame, os advogados de Garza afirmam no processo que "todos os eventos de 6 de janeiro [...] desempenharam um papel na condição que levou à morte” do policial.

O processo busca que sejam formuladas contra Trump e os dois invasores as acusações de morte por negligência e conspiração para violar os direitos civis. Além disso, propõe acusações de agressão contra Khater e Tanios e uma acusação adicional contra Trump por ter apoiado e incitado o ataque ao policial.


Os advogados, por sua vez, pedem um mínimo de 10 milhões de dólares (mais de R$ 52 milhões) como indenização de cada um dos processados.

Nesta sexta-feira, no Capitólio, os legisladores democratas observaram um minuto de silêncio em homenagem aos policiais vítimas do ataque, já que, além de Sicknick, 140 agentes ficaram feridos. Os demais mortos, quatro, eram apoiadores de Trump.

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Sicknick, de 42 anos, estava na polícia do Capitólio desde 2008.

Segundo dados das autoridades, cerca de 140 agentes foram agredidos por manifestantes que apoiavam o ex-presidente, armados com machados, bastões, tacos de hóquei e outras armas.

Em 6 de janeiro de 2021, centenas de apoiadores de Trump invadiram a sede do Congresso, quando estava sendo realizada uma sessão conjunta das duas câmaras para ratificar a vitória do democrata Joe Biden nas eleições de novembro do ano anterior.

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