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Trump será 1º presidente em 151 anos a não ir à posse do sucessor

Em quase dois séculos e meio de história, republicano será apenas o quarto presidente a deixar de fazer a transição de poder

Internacional|Do R7

Trump anunciou que não irá à posse de Biden, no próximo dia 20
Trump anunciou que não irá à posse de Biden, no próximo dia 20 Trump anunciou que não irá à posse de Biden, no próximo dia 20

Se cumprir o que prometeu na última sexta-feira (8) e não comparecer à posse do presidente eleito dos EUA, Joe Biden, marcada para o próximo dia 20, Donald Trump romperá uma tradição de 151 anos na democracia norte-americana. Ele será o primeiro presidente a não participar da transição de poder desde 1869 e apenas o quarto na história do país.

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Trump levou quase dois meses para reconhecer a vitória de Biden e ainda sustenta, sem apresentar provas de fato, que perdeu a eleição presidencial de 2020 por conta de fraudes na votação. Depois de receber críticas e perder membros de seu gabinete por incentivar uma invasão de seus apoiadores ao Congresso, no momento em que o resultado eleitoral era certificado, o presidente abaixou o tom, mas avisou que não vai participar da cerimônia.

"A todos os que me perguntaram, não irei à posse no dia 20 de janeiro", postou ele em sua conta no Twitter. Esse tuíte foi um dos que levaram à suspensão permanente de sua conta na rede social.

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Em uma coletiva, Biden aprovou a atitude. "Fui informado que ele [Trump] disse que não vai aparecer na posse. Essa é uma das poucas coisas que ele e eu concordamos. É ótimo ele não aparecer lá", afirmou o presidente eleito.

O gesto, considerado antidemocrático, só aconteceu outras três vezes na história da democracia norte-americana. No entanto, como em 2021, todos os outros episódios, que foram registrados no século 19 envolvem disputas pessoais entre o antigo e o novo presidente, e eleições com resultados contestados.

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Picuinhas históricas

Em 1801, John Adams, o segundo presidente (e primeiro vice) da história dos EUA, se recusou a transmitir o poder para Thomas Jefferson. Ele deixou Washington às 4 da manhã do dia da posse, possivelmente para evitar conflitos com Jefferson. O processo eleitoral foi marcado por confusões e trocas de acusação. Adams era pouco popular por ter passado leis que limitavam a liberdade de imprensa e a de estrangeiros no país.

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Quase três décadas depois, a história se repetiu com o filho de Adams. John Quincy Adams, que em 1824 derrotou seu ex-aliado Andrew Jackson graças a votos da Câmara dos Representantes, foi derrotado em 1828 ao tentar se reeleger. Ele também deixou a Casa Branca de madrugada no dia da posse, em 3 de março de 1829, para evitar a passagem de poder para seu adversário.

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O último e mais recente caso aconteceu em 1869. Na época, o presidente era Andrew Johnson, que assumiu o cargo em 1865, após o assassinato de Abraham Lincoln. Sem popularidade, ele não conseguiu nem mesmo ser escolhido como candidato para disputar a reeleição e chegou a sofrer um impeachment. que parou no julgamento do Senado.

No dia da posse de Ulysses S. Grant, seu maior rival e comandante das tropas da União que venceu a Guerra de Secessão contra o Sul, Johnson ficou na Casa Branca assinando os últimos documentos antes de deixar a residência. Grant, como de costume, foi empossado no Capitólio.

Curiosamente, todos os três presidentes cujos antecessores se recusaram a fazer pessoalmente a transição de poder foram extremamente populares e foram reeleitos quatro anos mais tarde, sem dificuldades.

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