Ucrânia não negociará com Rússia após referendos, diz Zelenski
Presidente ucraniano destacou na ONU estratégia parecida de Vladimir Putin com a anexação da Crimeia em 2014
Internacional|Do R7

O presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski, afirmou que o país não pode negociar com a Rússia após a organização de "referendos" de anexação em quatro regiões ucranianas, três das quais já anunciaram na noite desta terça-feira (27) que o "sim" venceu.
"O reconhecimento pela Rússia dos 'pseudo-referendos' como 'normais', a aplicação" do mesmo plano que na Crimeia, é uma nova tentativa de anexar uma parte do território ucraniano, o que significa que nós não negociamos com o atual presidente russo", disse Zelenski em vídeo gravado e exibido durante uma reunião do Conselho de Segurança da ONU.
O presidente ucraniano falou antes dos anúncios dos primeiros resultados dos "referendos" de anexação nas regiões ucranianas de Kherson, Zaporizhzhia e Lugansk, onde o "sim" para a anexação à Rússia venceu com folga, segundo os resultados anunciados pelas autoridades pró-russas locais.
As autoridades separatistas pró-russas da região de Donetsk, no Donbass ucraniano, anunciaram na noite desta terça a vitória do "sim".
O presidente ucraniano denunciou perante a ONU "uma farsa" com resultados "arranjados desde antes". "A anexação dos territórios é a violação mais brutal da Carta das Nações Unidas", acrescentou no vídeo.
Segundo Zelenski, a Rússia deveria "ser excluída de todas as organizações internacionais" por estas ações, ou ao menos ser suspensa.
A guerra na Ucrânia, iniciada em 24 de fevereiro com a invasão russa, levou a milhares de mortos e feridos, além de milhões de refugiados. O caos do conflito fez com que problemas sociais ucranianos fossem potencializados, causando à sociedade civil do...
A guerra na Ucrânia, iniciada em 24 de fevereiro com a invasão russa, levou a milhares de mortos e feridos, além de milhões de refugiados. O caos do conflito fez com que problemas sociais ucranianos fossem potencializados, causando à sociedade civil do país sofrimento com a falta de itens básicos. O Ocidente, por sua vez, enviou bilhões de reais em ajuda humanitária para o povo do Leste Europeu como prova de suporte a Kiev durante o confronto. Nesta galeria, o R7 mostra os sete países que enviaram as maiores quantias em ajuda humanitária à Ucrânia