Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Publicidade

União Europeia responde ao apelo de Zelenski com promessa de 'sanções maciças' à Rússia

Bloco pretende expandir estrangulamento financeiro caso russos continuem ofensiva contra a Ucrânia

Internacional|

Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, em encontro de líderes do continente
Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, em encontro de líderes do continente Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, em encontro de líderes do continente

A União Europeia alertou a Rússia nesta sexta-feira (11) para sanções "maciças" se continuar sua ofensiva na Ucrânia, em resposta ao apelo por mais ações do presidente ucraniano Volodmir Zelenski, que viu rejeitado o pedido de adesão rápida ao bloco. 

Durante uma cúpula de dois dias em Versalhes, na França, os líderes da União Europeia discutiram o impacto da guerra na Ucrânia no bloco e como ajudar Kiev, por exemplo, dobrando seu financiamento para enviar armas ao país. 

"Se a Rússia intensificar os bombardeios, o cerco a Kiev e as cenas de guerra, sabemos que teremos que adotar sanções maciças novamente", disse o presidente francês, Emmanuel Macron, em entrevista coletiva. 

Segundo o presidente da França, cujo país detém a presidência temporária da União Europeia, "nada é proibido, nada é tabu". "Faremos tudo o que considerarmos eficaz [...] para impedir a agressão da Rússia", acrescentou.

Publicidade

Suas declarações, durante uma coletiva de imprensa na Galeria das Batalhas do Palácio de Versalhes, vêm depois que seu colega ucraniano, Volodmir Zelenski, pediu à União Europeia que "faça mais" pela Ucrânia.

Os líderes europeus descartaram na véspera uma rápida adesão do seu país ao bloco, conforme solicitado, uma vez que o procedimento é regido por regras e "é preciso respeitá-las", nas palavras do luxemburguês Xavier Bettel. 

Publicidade

"A maioria [dos países] defendeu uma forte mensagem política garantindo a adesão à União Europeia", mesmo que isso não fosse "para amanhã, é claro", lamentou o primeiro-ministro da Eslovênia, Janez Jansa. 

"A Ucrânia faz parte da nossa família europeia", afirma simplesmente a Declaração de Versalhes, que se compromete com a "consolidação" de um acordo de cooperação assinado entre Kiev e a União Europeia em 2014. 

Publicidade

Mais ajuda militar

No entanto, o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, propôs aos líderes fornecer mais 500 milhões de euros em ajuda militar à Ucrânia, apesar das advertências de Moscou. 

Borrell disse que apresentou "uma proposta para dobrar a contribuição [atual] com um adicional de 500 milhões de euros (cerca de R$ 2,7 bilhões) em apoio aos militares ucranianos". Os países da União Europeia ainda precisam decidir sobre essa ajuda.

Segundo o ex-chanceler espanhol, o montante viria do Fundo Europeu de Apoio à Paz, dotado de cerca de 5 bilhões de euros (aproximadamente R$ 27,5 bilhões) aportados pelos países do bloco, e que não faz parte do orçamento comum. 

Os recursos são usados para reembolsar os Estados da União Europeia pela ajuda militar fornecida à Ucrânia com as próprias reservas materiais. As armas são enviadas à Ucrânia através da fronteira polonesa.

O governo ucraniano apresentou à União Europeia, que já aprovou o uso de 500 milhões de euros, pedidos muito detalhados sobre as necessidades de material bélico para enfrentar a ofensiva lançada pela Rússia em 24 de fevereiro. 

A Rússia alertou na quinta-feira (10) que esses envios para a Ucrânia eram um passo "perigoso". "Aqueles que enchem a Ucrânia de armas precisam entender [...] que serão responsáveis por suas ações", disse o ministro das Relações Exteriores, Sergei Lavrov.

Os líderes europeus evitaram impor um embargo ao lucrativo setor de hidrocarbonetos da Rússia por enquanto, como fizeram os Estados Unidos, já que a União Europeia depende de 40% de seu gás e 25% de seu petróleo.

Leia também

Mas, durante a cúpula, eles instaram a Comissão Europeia a apresentar um plano até o final de maio sobre como se livrar dessa dependência até 2027, como parte de sua estratégia para alcançar a neutralidade de carbono até 2050. 

A ofensiva russa conseguiu acabar com outro tabu na União Europeia, cujos líderes concordaram nesta sexta-feira em "aumentar substancialmente os gastos com defesa" e fortalecer a cooperação em projetos militares entre os membros do clube. 

"Em questões de defesa, acho que todos concordam que as coisas mudaram desde 24 de fevereiro", disse a primeira-ministra estoniana Kaja Kallas, cujo país faz fronteira com a Rússia.

" gallery_id="621fce65c012ad204a00044d" url_iframe_gallery="noticias.r7.com/internacional/uniao-europeia-responde-ao-apelo-de-zelenski-com-promessa-de-sancoes-macicas-a-russia-29062022"]

Últimas

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.