Venezuelanos fazem ato de apoio a Guaidó em frente à sede da ONU

Manifestantes pedem que líder da oposição se torne presidente. Movimento a favor da democracia acontecem em mais de 200 cidades no mundo

23/01/2019 - 15h41 (Atualizado em 20/04/2024 - 11h45)

Várias centenas de venezuelanos fizeram um protesto contra o presidente do país, Nicolás Maduro, e em apoio de Juan Guaidó, líder da oposição, em frente à sede da ONU em Genebra, como parte do movimento organizado nesta quarta-feira em diferentes cidades de todo o mundo.

"Estamos dando um novo apoio direto ao presidente da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, e ao povo da Venezuela, que veio às ruas hoje para protestar", destacou em entrevista à Agência Efe a coordenadora da Iniciativa pela Venezuela, María Alejandra Aristeguieta, organizadora do ato realizado em Genebra.

"Nunca tivemos um apoio internacional tão sólido, temos cerca de 60 países que disseram que não reconhecem o usurpador Maduro como presidente da Venezuela. Isso é um grande respaldo para os venezuelanos, que se sentem bastante sozinhos", ressaltou.

Simpatizantes da oposição a Maduro, apesar do frio e da neve que caem hoje na cidade suíça, se reuniram na praça em frente à entrada do Palácio das Nações, sede da ONU em Genebra, levando diversos cartazes contra o chavismo. Alguns deles pediam que Guaidó fosse o novo presidente da Venezuela.

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"Ele tem legitimidade e o apoio do povo venezuelano. Com sua maneira de atuar, está colocando a agenda do país em primeiro lugar, não a de um partido político ou de qualquer pessoa", disse Aristeguieta sobre o presidente da Assembleia Nacional.

"Seria a pessoa para se encarregar da presidência da República no momento da transição, uma vez que consiga reunir todas as forças que ele precisa reunir dentro da Venezuela", indicou o ativista.

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A coordenadora da Iniciativa para a Venezuela ainda ressaltou que tem a esperança de este seja o "último capítulo da ditadura" e que é necessário conseguir o apoio das Forças Armadas para depor aqueles que estão neste momento controlando o poder.

A manifestação de Genebra faz parte de uma série de protestos organizados por comunidades venezuelanas em mais de 200 cidades de todo o mundo, entre elas Brasília, para apoiar a oposição venezuelana contra o governo de Maduro.

Os simpatizantes do governo chavista e a oposição da Venezuela voltaram nesta quarta-feira (23) a se manifestar nas ruas do país para apoiar e questionar a legitimidade do presidente Nicolás Maduro, que o Parlamento e boa parte da comunidade internacional não reconhece

$Venezuela O primeiro semestre no país foi conturbado. Primeiro, Juan Guaidó se autointitulou presidente interino do país e inflamou protestos pelo país para pedir a queda de Nicolás Maduro. Um dos protestos mais memoráveis foi para conseguir a entrada da ajuda humanitária internacional no país, que acabou sendo um fracasso e parte da carga foi incendiada$

As mobilizações do antichavismo são lideradas pela Assembleia Nacional (AN, Parlamento), de maioria opositora, que se comprometeu a criar as condições para que haja um "governo de transição" e "eleições livres", embora até agora não tenha explicado uma fórmula clara para conseguir estes objetivos

Veja mais: Jovem de 16 anos morre em protesto na Venezuela, diz ONG

O presidente da AN, o opositor Juan Guaidó, indicou no Twitter que hoje "os olhares do mundo" estarão voltados para a Venezuela, e reiterou seu pedido às Forças Armadas para que respaldem a "rota" com a qual esperam dar fim à chamada revolução bolivariana, no poder desde 1999

O governo, por sua vez, convocou as manifestações dias depois que a oposição anunciou sua intenção de se manifestar hoje, dia em que a Venezuela lembra a queda da ditadura de Marcos Pérez Jiménez e que sempre foi uma data para reivindicar a democracia

Maduro convocou ontem os cidadãos a se manifestarem pacificamente sem deixar de advertir que o governo dos Estados Unidos e alguns setores da oposição venezuelana querem que haja caos e violência no durante estes protestos

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