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Xi Jinping diz que China e EUA têm 'muitos interesses em comum'

Internacional|Do R7

China e Estados Unidos têm "muitos interesses em comum", declarou nesta terça-feira o novo presidente chinês, Xi Jinping, ao receber o secretário americano do Tesouro, Jacob Lew, em um contexto de tensões bilaterais em meio a problemas com hackers.

"Na relação chinesa-americana, temos muitos interesses em comum, mas, claro, inevitavelmente, temos litígios", declarou o número um chinês ao receber Lew no Palácio do Povo, na praça Tianamen de Pequim.

O presidente ressaltou a importância para ambos os países de "abordar e tratar esta relação de um ponto de vista estratégico e com uma perspectiva a longo prazo".

O secretário do Tesouro felicitou Xi por sua esperada nomeação à liderança do Estado e ressaltou que "Estados Unidos e China, como as duas maiores economias do planeta, têm a responsabilidade de manter um crescimento forte, estável e duradouro no mundo".


"Esperamos que a China contribua mais para a demanda mundial", acrescentou Lew no início de seu encontro com Xi Jinping. Os Estados Unidos registraram em 2012 um déficit comercial com Pequim que ultrapassa pela primeira vez os 300 bilhões de dólares.

A agência de notícias chinesa Xinhua (Nova China) saudou a visita do funcionário americano, ao mesmo tempo em que lançou uma advertência contra a vulnerabilidade da economia chinesa diante da dívida pública dos Estados Unidos.


"Após a crise financeira que atingiu o mundo inteiro, os Estados Unidos precisaram enfrentar diversas crises orçamentárias", afirmou a agência oficial chinesa, acrescentando que os investidores internacionais esperam que o Congresso dos Estados Unidos chegue a um acordo sobre a dívida.

"Há muito em jogo" porque "a China é o maior titular estrangeiro de dívida americana e o segundo sócio comercial dos Estados Unidos", ressaltou a Nova China.


Um funcionário americano, sob condição de anonimato, classificou o encontro do presidente chinês com o ministro americano de "franco e direto", acrescentando que os dois homens falaram sobre a economia mundial e a situação do Chipre.

Temas como a Coreia do Norte, a taxa de câmbio do iuane - que Washington considera desvalorizada -, a propriedade intelectual e a segurança informática também foram abordados, acrescentou o funcionário, sem fornecer mais detalhes.

A visita de Lew coincide com um aumento de tensões recente entre Washington e Pequim depois que o presidente Barack Obama prometeu conversas firmes com as autoridades chinesas sobre as atividades de hackers, algumas "apoiadas pelo Estado" chinês, contra empresas americanas.

"Vimos um claro aumento das ameaças para nossa segurança informática. Algumas estão apoiadas pelo Estado. Outras estão apoiadas por delinquentes", declarou na semana passada Obama em uma entrevista à rede de televisão ABC.

Obama telefonou na semana passada a Xi para felicitá-lo após sua designação como novo chefe de Estado pelo Parlamento chinês, e também evocou a necessidade de combater as ameaças de ataques cibernéticos, classificadas de "desafio compartilhado".

A China rejeitou as acusações americanas e afirmou que também é vítima de hackers.

O tema estará presente nas reuniões de Law com as novas autoridades governamentais chinesas, entre elas o ministro das Finanças, Lou Jiwei, até pouco tempo à frente do fundo soberano CIC, indicou recentemente uma autoridade americana anônima à imprensa.

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