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Caso Lorenza: pela primeira vez, promotor preso concede entrevista e fala sobre a morte da esposa 

Quase dois anos após a morte de Lorenza de Pinho, promotor afastado André de Pinho volta a defender inocência

Minas Gerais|Do R7

Repórter Shirley Barroso se encontrou com o André Pinho em Belo Horizonte
Repórter Shirley Barroso se encontrou com o André Pinho em Belo Horizonte Repórter Shirley Barroso se encontrou com o André Pinho em Belo Horizonte

A Record TV Minas entrevistou, com exclusividade, o promotor afastado André Luís Garcia de Pinho, acusado de matar a esposa Lorenza Maria de Pinho. O promotor está preso desde abril de 2021, quando a esposa morreu no apartamento da família, no bairro Buritis, na região oeste de Belo Horizonte. Esta é a primeira vez que o promotor conversa com a imprensa desde que foi preso. 

A entrevista aconteceu na Academia do Corpo de Bombeiros, na capital mineira, onde Pinho está detido, por ter direito a cela especial devido ao cargo que ocupava no Ministério Público. Durante a entrevista, que durou mais de uma hora, o promotor afastado reiterou sua inocência, falou sobre o dia da morte da esposa, qual era a relação dela com a família e com os filhos e contestou as acusações do Ministério Público.

André contou o que aconteceu na noite que Lorenza morreu. Segundo ele, a esposa já não estava bem há alguns dias. Sofrendo de problemas urinários, Lorenza deitava e cima de um cobertor no chão para que pudesse chegar mais rápido ao banheiro. André teria ouvido a esposa tossir e, ao não responder seu chamado, ele foi ver o que estava acontecendo.

Promotor está preso na Academia de Bombeiros de BH
Promotor está preso na Academia de Bombeiros de BH Promotor está preso na Academia de Bombeiros de BH

O promotor teria percebido que a esposa estava desacordada e tentou ver como estava a oxigenação dela com o auxílio de um oxímetro. Ao não conseguir medir a oxigenação, ele teria acionado o atendimento médico que, segundo ele, levou cerca de 25 minutos para chegar. 

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André também respondeu porque havia pedido para cremar a esposa. Segundo ele, Lorenza falava constantemente sobre a morte, teria tentado suícidio mais de uma vez e falava sobre o desejo de ser cremada no mesmo lugar onde a mãe foi. “Ela estava repetindo o procedimento de morte da mãe. A psicóloga explicou isso. Por causa do quadro de transtorno e borderline e depressão, ela quis repetir a situação da mãe dela. Ela quis morrer com a mãe em 2012”, contou o promotor afastado.

Sobre as acusações de ter asfixiado a esposa, o promotor contesta o laudo do médico legista e alega que não havia marcas externas no pescoço de Lorenza. Ao ser questionado sobre as lesões internas contundentes apontadas no laudo, ele aponta que elas podem ter sido provocadas pelas tentativas da equipe médica de entubá-la. 

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Já sobre a acusação de Lorenza ser um estorvo para a família e essa ser a possível motivação para o crime ao qual é acusado, André respondeu que a esposa era o pilar de todos eles. “A Lorenza era amada por nós de maneira que ela nunca tinha sido amada na vida dela, nós éramos o porto seguro dela.”

O promotor também falou sobre as acusações de ter limpado o apartamento para apagar provas, sobre os atentados sofridos pela família anos anteriores e sobre o relacionamento de Lorenza com o pai, quem acionou a Polícia Civil apontado que a filha teria sido assassinada. 

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