Demora de cirurgia pelo SUS pode deixar criança de cinco anos cega
A menina espera por uma intervenção e tem doença grave
Minas Gerais|Do R7, com Record MG

Rebeca Vitória Porto, de cinco anos, que mora na zona rural de Ibirité, na região metropolitana de BH, nasceu com estrabismo e precisa de cirurgia, mas pelo SUS nao consegue. Desde que nasceu ela tem o problema. O estrabismo da menina é grave e também altera sua visão. A mãe de Rebeca, Gelza Quaresma, pede por ajuda.
— Eu quero que Deus toque em alguém que possa ajudar. Pode ser pelo SUS, eu não estou caçando dinheiro. Eu só quero ver minha filha curada. A gente não tem condições, porque se a gente tivesse minha filha não estaria assim.
Segundo dona Gelza, ela fica em casa para cuidar dos quatro filhos e o marido trabalha e ganha R$ 600 por mês. A família vive em um imóvel de 3 cômodos. Tudo que o que eles têm, como móveis e eletrodomésticos, foi doado.
A menina fez vários exames e os médicos já fizeram um pedido de cirurgia para melhorar o estrabismo. Ela está na fila do SUS (Sistema Único de Saúde), mas não consegue fazer o procedimento.
Porém, especialistas dizem que quando alguém não faz um tratamento da doença antes da cirurgia o problema pode voltar depois de cerca de um ano.
A menina diz que na escola as outras crianças a chamam de olho torto e a imitam. Ela também tem dificuldades para brincar porque não enxerga muito bem. Rebeca conta que fica sozinha na escola.
— Os meninos não brincam comigo, brincam com outras pessoas, eu fico muito triste. Eu quero melhorar meu olho, quero ser muito feliz.