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Desalojados por risco de barragens podem chegar a 3,5 mil em Minas

Desde a tragédia em Brumadinho, em janeiro, outros cinco municípios já foram afetados por evacuações de moradores em áreas de risco 

Minas Gerais|Lucas Pavanelli, do R7

Rompimento em Congonhas poderia destruir quase 4 mil casas em 15 minutos
Rompimento em Congonhas poderia destruir quase 4 mil casas em 15 minutos Rompimento em Congonhas poderia destruir quase 4 mil casas em 15 minutos

Depois do rompimento da barragem da Vale em Brumadinho (MG), no dia 25 de janeiro, que causou a morte de 201 pessoas e o desaparecimento de outras 107, uma operação que deveria ser emergencial tem se tornado rotina em Minas Gerais e pode afetar até 3,5 mil pessoas em seis municípios: a evacuação de moradores em áreas de risco. 

As evacuações em áreas próximas a barragens podem atingir, até o momento, 3.000 pessoas que vivem em áreas consideradas de risco, seja pelas empresas mineradoras ou mesmo pelo MP (Ministério Público). O órgão recomendou, nesta terça-feira (12), que a CSN (Companhia Siderúrgica Nacional) elabore um plano de evacuação voluntária que pode afetar até 2,5 mil pessoas que vivem no entorno da barragem Casa da Pedra, em Congonhas, a 70 km de Belo Horizonte. 

Leia mais: Em Minas, 1,7 milhão de pessoas vivem sob ameaça de rompimento de barragens

Segundo o MP, em caso de rompimento do maciço principal da barragem, 3.740 casas seriam engolidas pelos rejeitos em apenas 15 minutos. Os bairros Cristo Rei e Residencial Gualter Monteiro, onde estão localizadas diversas residências, estação de tratamento da Copasa, escolas, áreas de lazer, praças, comércios e unidades de saúde, seriam varridos em apenas 30 segundos. 

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Para evitar uma tragédia dessa proporção em Congonhas, cidade com 53 mil habitantes, a recomendação do Ministério Público é que a CSN, responsável pelas barragens, pague uma quantia mensal de R$ 1.500 para cada família que quiser ser realocada para uma zona segura. A empresa também seria responsável por bancar despesas com a mudança e vagas em hotéis, se for necessário, ou até mesmo a construção de um bairro novo. A siderúrgica tem 10 dias úteis para responder se acata ou não a recomendação.

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Caso o plano de evacuação em Congonhas saia do papel, as comunidades afetadas se juntariam a uma lista de outras seis localidades onde moradores já viveram a rotina de temor e tensão causada pelo fato de terem de deixar suas casas.

Em Itatiaiuçu, município da Grande Belo Horizonte, cerca de 200 pessoas deixaram suas casas, em um distrito da cidade, e foram levadas a um hotel em Itabira depois que a mineradora ArcelorMittal acionou a Polícia Militar, Defesa Civil e Corpo de Bombeiros para colocar em ação o plano de evacuação na área da barragem de Serra Azul. Na ocasião, a classificação de risco da barragem passou do nível I para o nível 2, o que precipitou a ação da empresa. Cerca de 70 pessoas já deixaram o hotel e foram alocadas em casas alugadas pela companhia. 

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No mesmo dia, 500 moradores de Barão de Cocais, a 80 km de Belo Horizonte, também tiveram que deixar suas casas, ameaçadas pelo risco de rompimento da barragem de Gongo Soco, de responsabilidade da Vale. Eles foram retirados de suas moradias durante a madrugada, depois de a sirene ter sido acionada após um desnível na estrutura da barragem. 

Moradores do distrito de Macacos, que pertence à cidade de Nova Lima, na Grande BH, também foram surpreendidos e retirados de suas casas, localizadas em área próxima às barragens B3 e B4 da Mina Mar Azul, também da Vale. Cerca de 200 pessoas foram desalojadas depois que uma auditoria se negou a atestar a segurança no local

Cerca de 125 pessoas que viviam próximo às barragens de Vargem Grande, Forquilha I, Forquilha II e Grande, todas da Vale, entre os municípios de Nova Lima e Ouro Preto, foram retirados de suas casas há menos de um mês. Na ocasião, a mineradora informou que o plano de evacuação fazia parte do projeto de descomissionamento das estruturas. 

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