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“Eu estou com medo de sair na rua”, diz faxineira que denunciou policial por estupro em BH

Caso é investigado; vítima foi atendida no Hospital Odilon Behrens, onde passou pelos protocolos para vítimas de violência sexual

Minas Gerais|Lucas Eugênio e Luiz Casoni, da RECORD MINAS

ESTUPRO FAXINEIRA PM
Vítima foi atendida no hospital, onde passou pelos protocolos para vítimas de violência sexual Reprodução/RECORD MINAS

A Polícia Civil de Minas Gerais investiga a denúncia de estupro feita por uma faxineira, de 22 anos, em Belo Horizonte. O suspeito do crime é um policial militar para quem ela estava trabalhando. Segundo a delegada Larissa Mascotte, responsável pelo caso, a vítima solicitou uma medida protetiva contra o homem. O pedido foi feito nesta sexta-feira (28) e será analisado pela Justiça.

Larissa informou também que a mulher foi atendida no Hospital Odilon Behrens, na região Noroeste da capital mineira, onde passou pelos protocolos para vítimas de violência sexual. Na unidade, foi coletado material genético, que será analisado no Instituto de Criminalística da Polícia Civil.

O homem foi levado para a delegacia depois que a vítima denunciou o caso. Em depoimento, ele negou o crime e disse que a relação foi consentida. Ele foi ouvido e liberado. “Isso não significa que ele não vá ser preso, significa apenas que não estava em flagrante”, explicou a delegada.

“Ainda não me recuperei do que aconteceu, principalmente porque eu fiquei sabendo que o agressor foi solto pela polícia. Eu estou me sentindo bem vulnerável, com medo até de sair na rua”, contou a mulher que preferiu não ser identificada.


Não era a primeira vez que a vítima trabalhava com o suspeito. Antes da violência, ela teria sido assediada no mesmo dia.

“Eu cheguei e ele já estava bebendo. Quando eu falei com ele que eu tinha terminado o meu serviço, que eu gostaria de ir embora, ele começou a falar comigo que ele precisava conversar, que ele precisava que eu fizesse uma coisa para ele. Nisso, eu já senti uma arma na minha cintura. Ele só falou para eu ficar quietinha, que ia ser uma coisa rápida, para eu abaixar minha roupa. Nisso ele me jogou em cima do balcão e realizou o ato ali”, detalhou.


A vítima conta que o suspeito utilizou a profissão para tentar impedir uma denúncia. “Ele falou para eu ficar quieta, que eu sabia que ele era um policial, que não ia acontecer nada com ele, que se eu contasse alguma coisa para alguém, ele iria me matar”, contou.

Atendimento

No hospital, a vítima recebeu os remédios que irá tomar nos próximos 30 dias para prevenir a infecção pelo vírus HIV. Além dos traumas psicológicos, a mulher tem as marcas físicas da violência, com hematomas no braço e no joelho.


“Eu realmente não quero que isso aconteça com mais ninguém. Eu quero realmente expor pra que isso não aconteça com nenhuma outra mulher, ninguém merece passar por isso não. O transtorno de ter que ir ao hospital, de ficar exposta, de ter que ser julgada ali, acaba sendo muito ruim”, desabafou a vítima.

A PM informou que o militar estava fora do horário de serviço, e que, ao tomar conhecimento da denúncia, acolheu a vítima, e conduziu o agente para a delegacia de mulheres, para as providências cabíveis.

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