Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Publicidade

Mais vizinhos de barragens da Vale serão retirados de casa em MG

Decisão foi anunciada após a empresa rever os estudos que mostram as áreas que podem ser atingidas em caso de rompimento das estruturas

Minas Gerais|Pablo Nascimento, do R7, com Record TV Minas

Barragens ficam na região Central de Minas Gerais
Barragens ficam na região Central de Minas Gerais Barragens ficam na região Central de Minas Gerais

Ao menos 16 famílias que moram no entorno de quatro barragens da Vale, em Minas Gerais, serão retirados de casa, a partir desta quarta-feira (1º), por viverem em áreas que podem ser atingidas em caso de rompimento das estruturas.

A decisão afeta moradores de Itabirito e Ouro Preto, a 57 km e 96 km de distância de Belo Horizonte.

De acordo com o tenente-coronel Flávio Godinho, coordenador da Defesa Civil Estadual, a medida foi necessária após a Vale rever a dimensão das áreas de risco próximas às barragens Forquilha 1, 2, 3 e 4.

Essa ampliação da chamada zona de autossalvamento é resultado de um acordo assinado entre o Governo de Minas Gerais, o Ministério Público do Estado e a mineradora.

Publicidade

Equipes da Defesa Civil estão na região para identificar todas as famílias potencialmente afetadas e conduzir as mudanças respeitando as orientações dos órgãos de saúde devido à pandemia da covid-19.

Leia também: Vale deverá pagar R$ 500 mil a avós de vítima

Publicidade

Em um primeiro momento, as famílias serão encaminhadas para hotéis, mas, segundo a Vale, a estadia será temporária. A mineradora promete custear alugueis de casas na região. Os animais também serão resgatados e acolhidos em uma fazenda administrada pela empresa.

No ano passado, outras 11 famílias já haviam sido realocadas, depois que os níveis de alerta das barragens Forquilha 1 e 3 foram elevados. A Vale ressaltou, ainda, que desta vez a retirada dos moradores é uma medida preventiva e que não houve alteração no nível de emergência das estruturas.

Publicidade

Veja a íntegra da nota da Vale:

"Por orientação das Defesas Civis Municipais e Estadual, em consonância com o Ministério Público e a Vale, moradores das zonas rurais de Itabirito e Ouro Preto estão sendo transferidos, nesta quarta-feira (1), para hotéis da região, respeitando suas preferências. A mudança é uma medida preventiva de segurança decorrente da ampliação da Zona de Autossalvamento (ZAS) das barragens Forquilha I, II, III e IV e Grupo, do Complexo de Fábrica da Vale. O aumento dos limites da ZAS é resultado do Termo de Compromisso firmado entre o Estado de Minas Gerais, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e a Vale para a revisão do dam break dessas barragens. O novo estudo passou a considerar um cenário extremo de rompimento das quatro Forquilhas ao mesmo tempo, e individual de Grupo, e segue as diretrizes previstas no TC assinado com o MPMG.

A Defesa Civil está conduzindo a realocação com o apoio da Vale. As famílias já estão recebendo assistência integral da empresa. Além da hospedagem em hotéis, elas estão sendo assistidas por atendimento psicossocial, alimentação e transporte para necessidades básicas e emergenciais, como trabalho, escola e consulta médica. Em breve, todas serão transferidas para moradias temporárias, com aluguel social custeado pela Vale. Seus animais também estão sendo resgatados e acolhidos na fazenda administrada pela Vale na região, onde ficam sob cuidados de 50 médicos veterinários, biólogos e auxiliares. A operação cumpre todos protocolos de saúde e segurança recomendados diante do quadro de pandemia da Covid-19. Outras 11 famílias já haviam sido realocadas em 2019, em virtude da subida de nível de alerta das Forquilhas I e III.

Cabe ressaltar que não houve alteração nos dados técnicos das estruturas ao longo dos últimos meses e que as últimas inspeções não detectaram anomalias. As barragens do Complexo de Fábrica são monitoradas continuamente por meio de piezômetros automatizados, radares terrestres, estações robóticas totais, capazes de detectar movimentações milimétricas, e microssísmica, além de observadas por câmeras de vigilância 24 horas por dia pelo Centro de Monitoramento Técnico (CGM) da Vale."

Últimas

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.