Menina de 10 anos, baleada na cabeça durante briga de trânsito, morre após um mês internada em MG
Atirador, policial penal Márcio da Silveira Coelho, permanece preso na Grande BH
Minas Gerais|Fernanda Rodrigues, da Record Minas

Lavínia de Freitas Oliveira e Souza, de 10 anos, baleada na cabeça durante uma briga de trânsito em Porto Firme, na Zona da Mata Mineira, morreu na manhã desta quarta-feira (16). A criança estava internada em um hospital de Juiz de Fora, a 283 km de Belo Horizonte, há um mês. A informação foi confirmada pelo tio da família.
O caso aconteceu no dia 15 de junho. Segundo a Polícia Militar, a criança estava no banco da frente de um carro, que seguia pela via de acesso pública na região conhecida como Vinte Alqueires, quando a briga aconteceu.
Para a polícia, o pai da criança contou que “um carro vermelho trafegava em alta velocidade, logo atrás, e fechou o seu carro”. Ainda segundo o relato dele, ele pensou que poderia ser um assalto e acelerou o carro, realizando uma manobra pela direita. Assim que arrancou o veículo, ouviu disparos de arma de fogo.
Após perceber o ferimento, a família levou a menina direto para o hospital. Devido à gravidade dos ferimentos, a vítima precisou ser transferida para um hospital em Ponte Nova. Ela passou por uma cirurgia na cabeça e ficou internada na CTI. Posteriormente, a criança foi transferida para Juiz de Fora para um hospital com mais estrutura.
Atirador continua preso
Ainda durante a noite de domingo (15), a Polícia Militar prendeu em flagrante o suspeito, o policial penal Márcio da Silveira Coelho, de 34 anos. Para a Polícia, ele confessou que “efetuou alguns disparos na direção do outro veículo” ao “se sentir ameaçado” pelo motorista em alta velocidade, tentando ultrapassa-lo, psicando os faróis e, posteriormente, o ‘fechando’ na pista.
A arma de fogo utilizada no crime foi encontrada dentro de sua casa, dentro do guarda-roupa, junto com dois carregadores. No dia 17 de junho, ele teve a prisão convertida em preventiva e segue, desde então, detido na Casa de Custódia do Policial Penal e do Agente Socioeducativo, em Matozinhos, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
Decisão Judicial
Durante a audiência de custódia, realizada por videoconferência, a juíza em substituição na Comarca de Piranga, Alessandra de Souza Nascimento Gregório, entendeu que havia indícios suficientes do crime, como depoimentos, documentos e apreensões feitas pela polícia. Por isso, decidiu manter Márcio preso enquanto o processo corre na Justiça.
Na decisão, a magistrada destacou a gravidade do caso: trata-se de uma tentativa de homicídio, com uso de arma de fogo, praticada por alguém que deveria zelar pela segurança da sociedade, o que, segundo ela, aumenta a sensação de insegurança entre os moradores da região.
A juíza também afirmou que, neste momento, liberar o suspeito colocaria em risco a ordem pública e o andamento do processo, e que outras medidas, como o uso de tornozeleira eletrônica ou prisão domiciliar, seriam insuficientes.
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