MG: cerca de 3.000 pessoas moram na área de risco de barragem em emergência
Estrutura CDS II passou para o nível 1 após o surgimento de uma trinca no local; nesses casos, evacuação não é necessária
Minas Gerais|Ana Gomes, Do R7
![Trinca foi identificada na barragem após vistoria](https://newr7-r7-prod.web.arc-cdn.net/resizer/v2/WN7BNLQR3ZK4JHAAJZKDWE2CDY.jpg?auth=dc6105972945971b32f5c54e8a9eb41a22673b08eacc4d7a5e3ed2a9f638118f&width=1280&height=720)
Quase 3.000 pessoas moram na área de risco próxima da barragem CDS II, localizada em Santa Bárbara, a 105 km de Belo Horizonte, que subiu para o nível 1 de emergência após o surgimento de uma trinca na estrutura.
As famílias residem na chamada ZAS (Zona de Autossalvamento), região que pode ser atingida em até 30 minutos pelos rejeitos caso haja um rompimento. Nessa área, fica a cargo da empresa comunicar os moradores na hipótese do acidente, já que não há tempo de intervenção das autoridades.
Segundo a AngloGold Ashanti, mineradora responsável pela barragem, desde a última sexta-feira (7), equipes estão orientando os moradores, já que, nesse nível de emergência, não é necessário o acionamento de sirenes ou retirar a população da ZAS.
Barragem CDS II
O nível de segurança da estrutura foi alterado pela AngloGold na última sexta-feira (7). A empresa informou que o acionamento foi realizado de forma preventiva após técnicos identificarem a trinca. A vistoria de rotina foi realizada pela ANM (Agência Nacional de Mineração).
Nesta segunda-feira (10), a empresa afirmou que a barragem continua em nível 1 de emergência e que realiza obras de tratamento na trinca. A estrutura também recebeu equipes das defesas civis de Santa Bárbara e Barão de Cocais, representantes da ANM e da NEA (Núcleo de Emergência Ambiental) para vistorias.
Ainda de acordo com a Anglo, um laudo de uma empresa externa atestou que a barragem está em nível acima do que exige a legislação. Atualmente, o fator de segurança do local é 1,82 e o mínimo exigido é 1,50.