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Militar preso por morte de estudante em Contagem já foi condenado em outro processo

Soldado foi acusado de violência no exercício da profissão e lesão corporal leve 

Minas Gerais|Do R7

Jonas Moreira Martins (esquerda) já foi condenado por ter agredido morador da Pedreira; Jonathas Elvis (direita) também foi preso
Jonas Moreira Martins (esquerda) já foi condenado por ter agredido morador da Pedreira; Jonathas Elvis (direita) também foi preso

Um dos militares presos suspeitos de envolvimento na morte do estudante de Direito Cristiano Guimarães Nascimento, de 22 anos, é réu em outro processo por lesão corporal leve. O soldado 1ª classe Jonas Moreira Martins, do Batalhão Rotam, já foi condenado em primeira instância, mas recorreu da decisão e aguarda o julgamento do recurso em liberdade.

Segundo denúncia do Ministério Público, em 2 de dezembro de 2009, Martins foi flagrado por câmeras do "Olho Vivo" disparando um arma na avenida Arariba, no aglomerado Pedreira Prado Lopes, na região noroeste de Belo Horizonte. Ainda conforme a denúncia, o policial teria agredido uma pessoa com socos, chutes e uma coronhada durante uma abordagem.

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O caso foi julgado em agosto de 2015 e, de acordo com a decisão do juiz substituto Alexandro Bandeira, o pedido do Ministério Público foi acatado parcialmente. O soldado foi condenado a dois anos, três meses e doze dias de reclusão em regime aberto, além de onze dias-multa de reclusão por disparo de arma de fogo em via pública. Já pelo crime de abuso de poder, o réu pegou seis meses de detenção, sendo que a pena foi revertida em prestação de serviços à comunidade. Em razão da sentença, ele também foi condenado à perda da função pública.

Em relação ao crime de constrangimento a alguém mediante violência ou grave ameaça, o réu foi absolvido porque, segundo o juiz, a pena já havia prescrito. Martins também não foi condenado pelo crime de violência no exercício da profissão, uma vez que a vítima da agressão flagrada pelas câmeras do "Olho Vivo" não foi identificada e também não fez exame de corpo de delito.


Após a sentença, o processo foi remetido de volta ao MP e a defesa do réu apresentou um recurso com efeito suspensivo da decisão. Até agora, não há previsão para o julgamento da apelação do réu.

Entenda o caso


Cristiano Guimarães Nascimento, de 22 anos, foi espancado até a morte ao sair de uma boate na madrugada de sexta-feira (8) em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte. Os suspeitos seriam três homens, entre eles dois policiais militares presos na tarde do mesmo dia após a decretação da prisão preventiva. O outro militar suspeito é Jonathas Elivs do Carmo, 27 anos, que também é soldado do Rotam. 

Segundo o boletim de ocorrência registrado pela PM (Polícia Militar), a vítima e os militares se desentenderam por causa de um balde de bebida no camarote da casa noturna e continuaram a briga do lado de fora da boate. Na confusão, um dos militares deixou sua arma cair e, após o crime, ela foi encontrada por uma pessoa, o que permitiu a identificação dos agressores.

Imagens do circuito interno de segurança da casa de shows registraram o momento em que o estudante deixou a boate, por volta de 4h32. Ele já era aguardado pelo trio de suspeitos que começou a agredi-lo com socos e pontapés até que ele caísse no chão.

Alguns amigos da vítima ainda tentaram separar a briga e também foram agredidos, sendo que um deles precisou ser socorrido para o Hospital Municipal de Contagem. Uma jovem que presenciou a confusão também se sentiu mal e precisou ser socorrida por testemunhas.

O caso está sendo investigado pela Polícia Civil e também pela corregedoria da PM.

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